terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nitídez



Nupcial,
É ser sexual.

Esplendoroso,
É o gozo.

Ogival,
É um anal.

Louca,
É a boca.

Pecado,
É um trago.

Impuro,
É o mais puro.




* foto retirada da net

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Opaca



E,
Ágil... é em (ti) infinito.
Na mais ampla imaginação,
(Ah...)
Sussurante... (de) fecunda seiva!
De (suas) dunas exilado!

Poisando ... (como) gaivota num mastro!
É (tua) sorte, morfina de macho...
(Na...)
Concha irizada,
Caudelosa,
De musgo (és ) consumido...
(Re)nasces na vulva...
Como Homem!

(E)
Tudo é ardendemente t(meu)!
Numa levada, que me acende e me consome,
Num largo freixo que é m(teu)!

*foto retirada da net

Ilusão...



Apelo singelo onde me rendo,
Rio abaixo, num eco profundo,
Arrepio acendo...

Mato escuro tua boca queimava,
Uiva a tua cisma ruiva...

O teu olhar cheira vinho,
Nele se refresca a minha boca um só instante...

Numa sede funda entorpece-me aprofunda,
Enleante agreste e fecunda.
Abre-se disperso meu chão...

Cala-te, imaginação!

*foto retirada da net

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Na Penumbra Pulsa...

Desnuda a voz,
Funda suspensão...
Transparências...
- A elas me entreabro.
Num holocausto prazer,
Transparências...
- Sopeso milhafre grosso,
(A ele completamente me abro)

Rebenta-me um fulvo potro,
De junco leve e esguio,
(Mudo)
De canavial macio,
Bem dentro,
(Em mim relincha, galopa)
Em pino prumo!...

Calor onde tudo amadurece,
Numa mútua posse...
Avanço recuo... O riso fruo.

Fundido por nossa vontade,
Fundido seminal, em aço duro...

Salubremente ,
Rompe-se a àgua fecundante,
E...
Em mim,
Tu te vens do futuro...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Iridescente...


Odor espesso...
Forte!...
Suspenso!
No baixo âmbito, no estar...
Atraindo a saliência,
Tropegamente,
Tropeças, nas nuas luas...
Caiu-me... Aqui... Nas tuas!...
Mar adentro, indo;

Està escuro e está denso.
Uma esfera te espera,
Tumúlto adentro...
Reentrâncias nos teus dentes...
A lingua, entrando quente.
Profunda , madura, na cavidade...
Para fundamente penetrar,
Assim... de...va...gar...
Tropega tensão,
Veloz, em força volunptuosamente,
Ah!... Por fora e,
Torrencialmente!...
Apelo vago e mudo ,
Ora subindo ora descendo,
Intenso,
Tenso ,
Distenso,
Curvo,
Vertical,
Inclinado,
Horizontal
Dentro!..
Erva quente... Na revelação salgada,
No almejo ardente,
Cardial !
Distende-se repressiva energia,
Obscura e grave, na côncava clitorial ...



*foto retirada da net

sábado, 15 de novembro de 2008

Saliências



Os sentidos, qual é o sentido?
Dois são pendentes , e um sentido...

Estava alto e tenso, o orgão vivo,
O estimulo inflecte nas minhas mãos!...

Havia a boca que o tinha... Devastador...
Todo o organismo, neutro vago tremor !

Em ti há chamas em... Num estrídulo duro.
Tumefacção da boca, que tem na boca, tem, na língua da boca...


Latente, que bate, na fronte, em frente , tua frente louca!
É na boca, á atraz, é na lingua, é atraz, voz que suspira, rouca...

Torrente impetusoa, incandescente , extrema tensão!...
Na exausta haste erecta... Secreta fascinação...

*foto retirada da net

Sentimentos Num Mar Doravante



Nitidez perturbante , somovente e vesperina,
Queima-me como um desvario em chama!
Fogo alto e violento,
Suor precepitado na explosão germinal.
Estrangulamento!
Deflagra no momento! Concentram-se!
Expande-se!... O nó cego!...
No membro o brilho lento... Arde!...
Em óleo transparente, numa transparencia vegetal.
Flexão das articulações, aperta-me com força contra as paredes da respiração
Ansiosa... Ofegante...
Vibração dos nervos,
Densa espessura,
Começa aí... Por dentro!...
Corda de servos... Obsessão centrípeta.
Escura!
Avidez correndo apressada...
Exaltação devastada...
Nas hastes vivas centrais...
Intensas!... Extensas!... Intensas!...
É cegueira , multipla, inumera, imensa...
Trabalho-te nas entranhas, os sextos sentidos...
De dentro para fora: de mim em ti...
Tu ergues-te e... Estás cego!... Na fronte, a tremer, a vibrar!

*foto retirada da net

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A Quimera Desilusão



Estou novamente com o silêncio, o meu velho companheiro…

Existem palavras que podíamos ter dito ou vivido.
Tanto que poderia acontecido, mas nunca nos aconteceu…

( a minha presença em ti eu sinto que já morreu )

Gestos, murmúrios, silêncios que pertenciam à imaginação poderiam ser nua realidade.
E no entanto , imensamente tanto, tanto ainda assim nos aconteceu, e o meu olhar em ti se quis e tanto se perdeu...
São ainda assim as memórias serenas, que a minha mente religiosamente resguarda, esconde do teu olhar, indiferente, que não sabe o quanto a indiferença me magoa e faz chorar...

As tuas desculpas são noites frias, são pétalas da minha paixão a morrer, no teu infinito onde nunca te encontrei, mas simplesmente me perdi...
O silêncio da tua boca entorna rosas...
Que de tanto as desfolhar, a esperança desfalaceu totalmente em mim...