quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Night Calls



Vem a noite, a atmosfera respira reticências...
...de repente as letras são crinas e ao som delas as maçãs dão tempo...
A cidade come figos e as pêras ganham asas, o pensar.
E Eu...
Sou o poema lavrado pelo canto duma garganta em divagação, tão ardente como urtigas...»

*foto retirada da net

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Novembro



Teu nome é negro, a chuva essa abre-te os dias, as horas comem-te na noite!
Traças linhas no esquecimento simplesmente porque nunca falas com ninguém.
Os matos estão agora incompletos, as folhas da melancolia que outrora já foram luz, astros.
Existira coisa mais forte que a loucura?
É somente o pensamento que se verga ás tuas noites frias, nasces da melancolia e arrebatas-me na tua forma severa e arguta, inteiramente se abre em ti um tempo, um sol simples, ou um renascer de coisas magnânimas e espíritas.
Novembro é segredo e só se aproximam de ti se for em murmurio, falo-te por mim que sinto que o desejo é uma fruta muito secreta...
O vento soão é o som onde começa o perpétuo Inverno.
Olho-te atravéz de palavras e tu cegamente abraçado ao abstrato onde as minhas pálpebras se afagam sob a tua intensa profusão celeste...
Olhas-me nas palavras completamente vivo no teu movimento entre laços. Batidas soam ao longe no silêncio onde os lânguidos amarelos se movem nas pequenas espadas dos raios.O sol de Novembro é um vivo coração de poema.
A fruta faísca, cheiram as castanhas...



*foto retirada da net