quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

De Boca Bem Aberta



O fetiche envenena-me e alimenta tudo quanto me cega. Todas as palavras doem, quando abertas por fendas luminosas, onde os sexos se abrem, e se fecham de poro em poro. Comigo não é diferente.
É-me tão dificil por vezes poder gritar, com a boca toda dentro do remoinho cego, arrancado pelos meus dedos ao movimento centrífugo, do meu corpo inteiro.
O erotismo é o remoinho cego, onde a carne se entrelaça toda, de palavra em palavra, onde gozo sempre e me devoro ás vezes...

*foto retirada da net

1 comentário:

São Rosas disse...

Uma espécie de picadora 1, 2, 3 :O)