segunda-feira, 8 de março de 2010

... Mulher... Mulher...



Abro a gaveta, duas poesias numa manhã de Março, palavras esguias se despenharam na minha escrita.
O rosto é a eternidade visível do poema. Amo-te nos manuscritos conservados no meu sangue disperso.
Gemeu uma sanfona, nas ondas dos meus seios. Lendo-a ou comendo-a, perdes-te neste pequenino harmónio, onde a essencia é a estrada, atulhada na pressa faiscante.
O riso claro da boca preta, essa menina irrequieta. Sentida, tão intensamente nos fulcros do teu desejo.
Vejo o teu olhar neste texto, vejo-te aqui, a suster o tempo em espirais volúveis, desorientado.
Estou aqui na beira dos nossos lençois, magnetizada pela chamas da cadeira onde me sento, numa viagem onde percorro inalteravelmente os caminhos da nossa paixão.

Se eu levantasse, a mão, agora, do papel ela exploderia!

Vaga tremulina do teu olhar, que me prende, para todo o sempre, forte desde o fundo porque o tesão é uma visão hipnótica, um enxame de beijos ferozes, com um íman forte pelo meio.

O meu sonho é essa tua palavra quente,abraçada, ao meu extremo desafio interno.
Uma súlpica se contradiz na rósea completamente perdida...

*foto retirada da net