domingo, 4 de julho de 2010

Inocência



Entre o céu e o inferno, o poeta, a inocência, fazem parte da mesma aparição, incessante onde os medos envelhecem e os sexos caminham de mãos dadas. Entrelaçadas. Coladas. vibrantes. Em submissão. Névoa sensível. Poemas e astros, nas mãos. Palavras. Somos. Cimento. Palavras, na grandeza do sonhar .
È tão fácil, sermos seduzidos, por figuras olvidadas e possuidoras de uma vivencia terrivelmente, dramática. Procuramos sempre não cair nesse erro, inocente...

1 comentário:

lobices disse...

“…gosto de desenhar no meu corpo a pura entrega de quem ama… gosto de desenhar na minha alma a luz dessa verdade… escrever com os meus olhos a leitura da saudade… garatujar nos sons as palavras sussurradas… saborear na boca, nos lábios a doçura do mel do teu beijo desenhado desejo de quem procura o abraço esperado… gosto de desenhar nos teus ouvidos as letras que formam os sentidos… desenhar, por fim, já por sobre o esboço da obra final de quem no auge do encontro sente-se sonho sabendo ser real… pairar na tela do teu corpo e desenhar as cores do amor que num todo se move completo no ser que temos por modelo… e sendo-o, tê-lo, possuí-lo e transformar a obra num plano final que dá ao desenho o toque especial como que uma assinatura sobre a obra acabada… depois, ficar a mirar tudo o que havia sido feito para ter ali, na minha frente, a concretização do sonho e saber que todas as palavras ditas ou as desenhadas ou as escritas houveram sido assimiladas, saboreadas e entendidas como brotadas de dentro do meu ser… gosto de desenhar sim, no teu corpo, o meu eu e no fim ao olhar a tela preenchida em ti soubesse ali ter tudo o que havias querido da presença do meu amor…”