segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CALDEADA NA LABAREDA


[ ao Jota ]





A realidade, é o sonho, povoado de delícias que o despertar extingue...
Delicado é, o aroma do teu perfume.
Vou contigo, a teu lado, nessa tua marcha incerta, pancada, a, pancada, a , caminho da nossa, eternidade,( secretamente). Em ti. Na seiva lenta, batendo, contra , u sangue. Ulmos, em silêncio...
( dois mais dois mais dois são dois unos nus dois )
Penso-te!... Pensas-me...! A toda a velocidade. Na imaginação rouca. Numa flexão potente, vouga. Tu, dentros, nos meus sonhos. Nos enigmas que seguem, inscritos no teu pénis encoberto, na nua ardência , se queimam, sorrindo, nos meus vaginais. Derradeiros, clarões , que aperto, contra, quando, te, me , consomem !
Contemplam poéticamente. O tu. Virgula. Nu ponto.Tu. Duro. Pronto. Sensível, louco, louco. Eu. Em sub. Missão, dum animal botânica. Espádua. Ciclo com ciclo. Nos átomos, nus, que nos invadem. Para, todos os, nus, lados. Por todos os lados. Em mim todo o teu fogo... e para fora uma poça é expelida pela noite profunda, truculenta.
Beija-me...!
( os quadris até ás pontas )
Eleva-me, nu sangue, negro, lento e, quente!...
Leva-me, contigo no beijo. Cheio, foi, tesão, que nos abotoa juntos, no amor, de quem te ama.
(Segredo)
De quem me ama.
Eu!... Tu...!
Impossivel. Diz-me a tua alma, nos restos emurecidos que agora revestem o tesão.
E como dois astros, rodamos a volta, numa doce dormência, nos rostos, aluados, quentes e, suados , batendo de novo, a loucura, em nome de um opaco, por nós derramado,num extase, ou simplemente a vulva, que ainda suspende a haste, aureamente inteira...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Submissão



Encontrei em mim um dia um animal adormecido que me violou ferozmente a candura.Encontrei em mim um lugar onde penso campos inspirados no fogo que me bate nas palmas das mãos.
Encontro-me agora num poema...
A submissão é um tema consumido ou consumado por actos ou saídas altas entradas altas saídas baixas entradas baixas. Movimentos onde se desmata um sitío excepcional, fértil por si mesmo.
Submissa a mão que escreve e os poderes nela difundida.
Talvez seja uma força em movimento, por cima ou talvez se abisme num único núcleo central.
Geralmente a mulher não fala e o sexo exposto é o masculino, entreposto a uma visão feroz e fechada.
A submissão toca em baixo no silêncio sem pelo pudor bloqueda.Bate, pensa, verde, sentada, cega,mexendo, bate,verde,pensa, soando...
A minha submissão também é assim.Arguta e fácil de entender, claro está, aos demais que ousam a ela se submeter.

NU PÍFARO!...



[ ao Jota ]

Bojudo e vermelho barro, como cântaro, longo, um pífaro sustenta-me, num único pilar.
É uma inteligência exterior que,renasce, abrindo, no espaço um halo.
Na minha, courela, sorvo o silêncio latejante, um ambiente esbraseado. As sombras, nuas, pelo meu corpo caminham e em mim se esvaem, numa eriçada de silvas, ociosas e vadias.
O ar gira, explode, no ar arqueado, no teu rosto rápido.
As mãos, no pénis, num poema, na cama em mim cravado:
O orgasmo está perto!
Arde-me o teu poente em chamas.
Arde a cegueira!
Arde, na imaginação, tesão, a ideia!
Arde em mim o ar afável da tua lança. E... a traqueia[minha] irrompe um som, ardente árduo e agudo.
A boca anoitece quente, no teu, duro e potente orgasmo!

OUTUBRO


Os derradeiros clarões de Setembro, somem-se nu crespúsculo dum novo mês.

Outubro é um livro feroz, predominante, nus castos delírios.

O teu sexo suposto, está masculino. Desdobrado. Vingativo e transacto. A dita, é morte, e por vezes chega ao meio dia, numa revoada animalesca. Ventosa. Chuvosa.Expelida pelas águas sussurrantes. Na ventania que nus cega a coada.

Outubro, do repouso grande, Zig-zags ebriosos raios de sol, que nus aparecem, desaparece em sonhos azuis... nas rendilhadas nuvens, sob, um poético impulso...

Meus ecos, teus amantes, no teu silêncio.

Rios e vales guardardos no meu sangue e carne, os olhos duros, erectos, das, tuas cinzas oliveiras, que o horizonte iluminam, e onde os campos parecem vastos e, os caminhos mais ermos. Ardúos e frios, plenos como as tuas noites enormes, inacabadas...

Quebram-se palavras, u teu cristal, em fulminates paixões, carregadas de avassaladores desejos de mútua posse. Sei que me amas pela força das tuas luas, pela rotação que o meu mundo faz rodar, no roçar ardente do olhar em brasa, pela lua, dessedenta, que delira e vê nas minhas palavras, faces expressiva dum coito, com o anus Setembro, que tudo disseca e nada do que é frase respeita, na largura do mês ardente...

Outubro é uma vista oblícula das coisas que murmuram e que em ventos nos desarrumam as ideias. Nu abalo da escrita, a morte do Verão é uma miragem, desmoronada.

domingo, 19 de setembro de 2010

NAS VEIAS DA GARGANTA



Entrou-me o teu livro a dentro. É fácil, imaginar a precipitação com que sobre ele eu toda me inclinei. Abri-o. Devorei-o!

Acendi-me num céu, apaguei nele o meu olhar, sentada, nua, nu incêndio, nas regiões osfuscantes. Maduras. Ferozes...

E de um único hausto, o bebi todo, num travo, que o teu talento é poeta, malicioso, de ideais perversos, em mim totalmente, no agora, submersos...

A nossa carne, única. Vibra, o tesão de baixo para cima. Nas embocaduras. Furiosas. Que crepitam.

És clarão, nas minhas pupilas, deslumbradas, no abrasar liríco dum pénis, no agora imensamente soldado á vagina estérica, em delírios de fêmea.

O esperma libertado [o teu que transborda no meu] evolou-se para as regiões em torno da pancada. Como um animal por mim escorre, passa, e por fim morre. E eu, durmo, com ele luzindo no cantaro da minha profunda boca...

ESCALDANTE? VULCÂNICO



Um vulcão, levanta-se, no céu[da boca], o seu fogo brilha no fundo dos lábios...
Sobem...
Descem...
Tecidos calcinando, línguas e dedos. Abraço, até á bolsa, com a lua, crua, toda no centro!
Sobre a fronte, os seios em leque, nas tuas mãos, de Deus, onde o guerreiro faz-se crescer na flora.Igneamente muscular, nas púrpuras vezes, no calor túmido de um desejo.
É aqui, em mim, a tua casa: dentro!

sábado, 4 de setembro de 2010

QUEIMA-ME A NOITE




Brindo á lua que se despe devagar, em páginas desconhecidas. Na tela do infinito a tempestade é iminente. Tu e eu. Deitamo-nos. Numa luta de elementos. Levantamo-nos. Sons e clarões. Na colina enorme, onde o teu corpo canta na minha boca. Dura e quente. Sons. Tesões, que se entrecruzam produzindo um espetáculo sublime. Num amar subterrâneo enorme e cego.O ar fresco, torna-se abafado, nos colossais nimbus, na carreira vertiginosa da tua boca para onde todas as correntes atmosfericas se dirigem.as palavras

[Escolho enloquecer nos corredores, arqueados , em dedicatória ao circulo ardente]

Momento final, extraordinário, clarão profuso, é seguido do ribombar tremente dos, nossos corpos, que ilumina a linha poente onde o tesão foi por nós acentuado, onde eu grito essa virgula, completamente rendida, nesse martelo louco.Tão carnal.Quente. Do mundo anal.

O prazer é Deus que repercute por todos os nossos ecos incomensurávelmente...

Fôlego e Escrita



Tépida tarde de Setembro,

Ás palavras o sexo deixo discorrer, nas nuas fontes. O pensamento. Nas passadas ofegantes, pensa cego, rosto contra... a frescura duma meiga visão. Verga. Serena. Que se escancara ao meu sol, ardendo. Ardente. Num supremo amadurecimento. Tu!...

Tanto. Quero. Exijo. Desejo ser possuida num fulgurante galope. Teu. Desenfreado. Daqueles, onde, sou escrava. Nua. Uma caverna no teu mundo árduo em desejo.

Lançar-me a ti como um dardo, sem mistérios púdicos, delirar contigos nos enormes inóspitos campos de prazer. Escutar a olência sobre a grande boca. Húmida.

Como é sublime, nela eu morder-te, rasgar-te , lamber-te, moldando-te entre os seus dedos, que aos poucos, libertam-te, ou matam-te...

Teu sexo, eu vergo a meu gosto, e nele me embebo, nessa luz penetrante, ao meu puro capricho. Por dentro avançando, fundo tão tão fundo.

As púpilas entre o pénis da minha pele ... e a vagina da tua boca baixa. Quente. Entrançada a negro. Que engole. Amarrada em torno de um mastro, génio, animal, que sempre me espera nu abismo de um jorro incendiário. No membro , que, se derrama, e ascende ao mais alto poente, o sangue.

O sexo gira e explode em mim engarrafado...

Existe em ti um poema que eu anseio ter, um aroma que desejo possuir.

Agora!



Beijo

L.M.