quinta-feira, 23 de setembro de 2010

OUTUBRO


Os derradeiros clarões de Setembro, somem-se nu crespúsculo dum novo mês.

Outubro é um livro feroz, predominante, nus castos delírios.

O teu sexo suposto, está masculino. Desdobrado. Vingativo e transacto. A dita, é morte, e por vezes chega ao meio dia, numa revoada animalesca. Ventosa. Chuvosa.Expelida pelas águas sussurrantes. Na ventania que nus cega a coada.

Outubro, do repouso grande, Zig-zags ebriosos raios de sol, que nus aparecem, desaparece em sonhos azuis... nas rendilhadas nuvens, sob, um poético impulso...

Meus ecos, teus amantes, no teu silêncio.

Rios e vales guardardos no meu sangue e carne, os olhos duros, erectos, das, tuas cinzas oliveiras, que o horizonte iluminam, e onde os campos parecem vastos e, os caminhos mais ermos. Ardúos e frios, plenos como as tuas noites enormes, inacabadas...

Quebram-se palavras, u teu cristal, em fulminates paixões, carregadas de avassaladores desejos de mútua posse. Sei que me amas pela força das tuas luas, pela rotação que o meu mundo faz rodar, no roçar ardente do olhar em brasa, pela lua, dessedenta, que delira e vê nas minhas palavras, faces expressiva dum coito, com o anus Setembro, que tudo disseca e nada do que é frase respeita, na largura do mês ardente...

Outubro é uma vista oblícula das coisas que murmuram e que em ventos nos desarrumam as ideias. Nu abalo da escrita, a morte do Verão é uma miragem, desmoronada.

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