terça-feira, 27 de dezembro de 2011

ABSINTOS [Dois Pénis Empinados]


(...) um pénis epavoa ranhuras de um anus colecionado em incêncios purulentos. Um par de sombras em circulos engomados no silêncio dos pintelhos nus onde cios estelares entram e auscultam a vagina dum chão delirante. Os moinhos cordilheiros em falésias transformam as confidencias excentricas e antecipados da inssaciavel mutabilidade de um cativeiro epidérmico onde tridimencionalmente ambos os desvãos balançam em transições destemidas...

as mãos em gomos fundeiam a cabeça e os anseios abocanham nas palavras o litoral fertelizado das mós giratórias do desembarcadouro.

invertidos, os polos espiam o mais indule dos lancinantes pensares. Os lábios imponentes do Pénis em brasa na demarcação embalada. Ilimitada. Incandescente. Rastejante. Magnetizado. Aborígene como todos os Pénis são, quando iluminados na cordoagem fatídica de um pénis forquilhador num rio aceso nas alfaias exaltadas da erótica Vagina. Aos pares os dois misturam insubordinações vigilantes no cavalgar amplexo que emacipa os sexos negros batedores que libertam as circunferencias das madrugadas silênciosas no sémem liquido em gemas libidinosas que escorrem sobre a gravidade de um lençol pêndulo.

orgíaca eterna de um tesão fresco nas espirais das pubis negras onde ascendem rizomas reservadas ao corrimento interno das ereções emigratórias de um Pénis inexpremivelmente encastoado sobre ogivas pontilhistas e incessantes...

Absinto, seguidamente o tempo viuvo do espaço fluvial das nómadas e multiplicadores rugidos extintos no sémem fascicular das náguedas colas em álamos perseguidas e abotoadas...

Absintos, gigantestos nas florestas pubianas num do outro nu outro manuscrito lastro onde eclodem mordeduras e miragens...!

(...)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

pétrio




(...) Tesões estalam. Minhas bocas abertas. Resplandecente. Gritando. Desenfeicham-se membros erectos nos bravos delirios dum ventre. Acendem-se camas embrionárias e tornam-se geométricamente vermelhas, nos bosques do erotismo, onde crescem jardins leves e ardentes, em buracos fortes, pulsantes ao som firme, nas frutas redondas que descem em bocas maduras. Numa elegância violenta. Magnifica. Expelida nos coitos e nos anais do mundo.(...)





Luisa Demétrio Raposo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

GRANDE, O


"Grande é o Céu elevando as Estrelas até ao exaltado intímo, onde o pranto maduro flutua. Grande é o Olhar cativo do Homem em filões, no meu sangue feroz, irrequieto, olhando-o...

Grande é o Teu ar que se fecha em mim, inteiro, imaginário, absoluto na fala entre o sal e a boca viva, furiosa. Florescente quando murmuras, em cima. É aqui que Te penso, como Grande é a desordem da língua que em mim para Ti fala, Grande...!

Grande é a música fervente expelida pelos nossos rastos vestidos e despidos num quarto crescente. Entre a camisa redonda e o passar nu de um só grito, dentro, sempre. Entre a àgua firme, nos teus braços em mim dispersos.

Grande é o fogo, no transbordar das coxas, onde te afogas, dentro dela, a tua nua casa, separando o encrespe e a mão fechada, sentindo-me, Grande;
pelos incêndios das inumeras páginas escritas para ti,
onde Grande é o Amor, o Desejo que se estendem nos meus dias amplos, Grandes...

Grande o és, no meu (a)Mar Grande!



Luisa Demétrio Raposo

sábado, 13 de agosto de 2011

HOMEM



«O [meu] Homem é um perfume que fermenta e dentro em mim, Mulher, explode!
Um aroma defronte as narinas, planas, na pele concava que sai do corpo, que eu amo e transforma-se. Num anis Sol. Mistério e abismo, em chamas gravitacionais.

Os teus. Lábios húmidos, orbitais em halo e flecha.Volumosos. Ressumando sobre os lençois, que ardem sobre a esfera que brota funduras e filôes de lugares andróginos. Enclavinhados... e que serão aspirados pelas visões hipnóticas dos sorvedouros carnais. Nossos!»

*foto Alioune Touré by Arlinda Mestre/2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

frases àrduas [falam]



(...) O Genitais... aumentam... aumentam em mim as palavras que o silêncio pontua no {meu} interior reflexo, num mundo que somente para mim é real. Onde as tardes são longas descobertas e a palavra reencontra o antes a entrar no mundo. Onde a minha língua treme inteira, dentro, em ti, opolenta. E te urde numa potência arvorada...

Toco-te numa fincada louca, luminosa, onde o teu tempo é somente um relevo por mim aquecido, numa fascinação que cresce cheio de uma tesa trama que não quer falar, mas elouquece, presa a uma veia escarlate, entre o teu fôlego e a minha erótica escrita, na transfusão da imagem que uma extensa faísca enche insessantemente...



Dentro do meu sexo a tua voz requer palavras; palavras nas quais eu balouço e gravito.Onde o odor insensato, balbuceia rápido palavras onde me rasgo e tudo, meu amor, tudo me abala dentro delas. Palavras onde todo afundas, e ardes cheio de gritos que mergulham e ao mesmo tempo fogem das formas, nos bordos raiados a vermelho... tão translucidamente...

As, labaredas tocam a cama, num troço avistado, na sombra cativa, na margem, dentro de um gesto que desfeicha e estala a desordem de um ex exercicio nominal...

Na Vagina plantas colinas, onde entra o teu Astro que por mim alastra, deixando um abismo cego nas partes graves, cheio de esperma... (...)



* ao Jota, eternamente, aquele que eu amo profundamente...

Luisa Demétrio Raposo
21/7/2011

domingo, 10 de julho de 2011

a Deusa



"A minha escrita esconde um membro incediário.Uma Deusa de alta presença.
O teu rosto espera, agora, pelo meu lado mais animal . Pela claridade do meus orgão genitais que pulsam nela, a Deusa {Vagina} como um oxigénio, soprado em ti , interiormanete, no esperma que rebenta em volta das tuas duas ilhas que desesperam aumentadas.

A febre ávida de tua leitura fecha-te na perfeição hipnótica, num transe secreto onde eu sou a tua queimada o teu lado ateado, a lunação, que vai á minha procura dentro da tua cabeça, que embriaga o teu sexo em pequenas ideias: sibilando canções suadas e outros textos psicóticos que somente podes beber em mim, através da minha boca ou das minhas ancas onde a tua língua se perde na sedução do movimento das palavras.

Perturbo-te, eu sei, pelo tremor da escrita que lês nas margens pequenas e negras, nas palavras que são sexo em todos os leitos, no repouso grande, fechando em mim o membro erecto . O meu desejo e este meu texto..."

*Intensamente ao Jota

Luisa Demétrio Raposo

sábado, 9 de julho de 2011



« sóis crescem para todos os lábios na morosidade da palavra quente, céus nos meus vales onde ousa raiar os fundos da noite. O Sol vermelho, no teu pensamento por mim a avançar, infinito, grande, voando e batento raios pelo universal sexo masculino. O amarelo é a visão infiltrada na concepção de um delírio precipitado»

Luisa Demétrio Raposo

[citações]



« Meus olhos se rasgam nus em ti.
Nu plácido desta página, o teu olhar é um incêndio que procura arder nas minhas savanas!... «

Luisa Demétrio Raposo

pensa[ todas as Vaginas possuem pálpebras]



(...)A ideia. Louca, chama por mim; Inteligente congermina-se no meu pensar quando este sangra obsessivamente palavras que gravitam pelos (meus) quentes baixos, num avançar e recuar; num pastenejar, nas pálpebras, doces, iluminadas por uma extensa inspiração, decorrente; por um rio de sangues, irrigadas, elas escutam as palavras que descem húmidas no calmo halo de um fogo que me morde em toda a minha húmida carne...! (...)



Luisa Demétrio Raposo

sexta-feira, 8 de julho de 2011

dedos que passam a mão pelo pensamento



«Na sombra do meu sangue escrevo-vos do meu mundo, escrevo para todos aqueles que entendem que um poeta vive com o rosto no meio de letras e que elas selam um planeta que me dissolve que se dissolve sempre a cada frase escrita por mim.

Anoitece entre o meu tremor e a minha treva. O mundo lá fora corre trespassado pelo láudano. Em vóltios e vóltios... No meu mundo o sangue aproxima-se escarpado. Os dedos prepraram mais uma aurora e os Astros lutam , dentro, em mim, numa guerra de elementos, transformando a imagem trabalhada em palavras.

No chão da página escuto os rios que correm repletos de frases cheias, gritando, gemendo montanhas em falos gritos. Também Eu às coisas mentais grito;

- aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhh!...

Na pele a encarnação, o amargo sal que o Astro na carne deixa fugir quando faço morosamente comida dum poema, uma visão ou um lugar para os outros, para os sonhadores, para todos os que procuram a assumpção, as palavras, em lugares compactos no entusiasmo do branco que se pinta às vezes de preto e de repente ficam ofuscantes, as palavras, as colinas das palavras. Em aceleração.

Existem em mim dias dificeis, onde planto a carne dificil na esperança de colher sentires dentre, o delírio que a noite pulsa, a vírgula ardente das mãos que escrevem e me empurram de palavra em palavra, unindo-me À poesia, esse núcleo surpreendido que os dedos quase amornam, no poder que deles advém. É Então que o verbo me acende a vida. Acendendo os dedos numa selvagem criação. Ergue-se fogo vermelho na transparência profunda da gramática atormentada pelas visões ferozes, pelo escaldar da minha caligrafia, desvastando campos e laguras brancas, afogando páginas em loucura. Textos coagulados, impressos no meu pensar, num pensamento perfurado pela febre que me costura ao ar , tal e qual como uma droga, da qual eu sinto que sou totalmente dependente...»



* a mim própria, lirícamente!...



Luisa Demétrio Raposo

Feérico



«Encontro-me na veia púrpura [borboleta] que manobra o pulsar, nos meus braços, que movem frenéticamente, o (m)ar pulsante, no ecoar fechado dos músculos navegantes.
No rito, a Luz, a escuridão uma imagem fecha e tudo o que escrevo nela se fecha no adormecer de um grito repercutidos no Branco que constrói as páginas, suspensas, na aparição o texto, aquele que chega ao céu [o leitor]
Que me eleva às mentes incessantes das palavras que orbitam os inúmeros céus exteriores, maiores, onde o olhar é uma inteligência tão viva como as minhas palavras.»

Luisa Demétrio Raposo

[citações]



«Sou um lugar tremendo, um bosque de incertezas alado ao cemitério onde jazem por toda a parte alegrias e tristezas.
Do meu coração, esse pobre amante roubo-lhe o crânio e o seio palpitante, para que em mim possa revelar nuas afeições femenis, pétala a pétala»

Luisa Demétrio Raposo


(...)Pertenço ao sonho em marcha, aquele que devora os meus dias de leite e me sustenta num único pilar o meu cimento e toda a minha irrefletida grandeza. O pavor entra nos meus dias e confunde-me a morte, suspensa na luz de um Astro onde arranco toda a minha profundidade ao meu Ser. Pertenço-vos num luar recalcado, colérico onde as minhas cores tremendas se encontram e se misturam dando figuras ao delírio, ao horrivel pensar que contem todas minhas quedas, imóveis, magnéticas, num arfar branco, entre rimas e gemeres onde ouso correr, em êmbolos sobrenaturais entre o meu e o vosso renascer.
Pertenço-lhes no sangue a ir e a vir em redor dos meus dedos em germinação, na absorção dolorosa das palavras que transforma os meus vicíos brutais em poemas exteriores(...)
Luisa Demétrio Raposo

domingo, 12 de junho de 2011

Na Queimda da Tua Boca Onde Devoro Fogo!...




»Perco-me sempre entre os pilares escarlates da tua boca e imagino-te a tocares na garganta onde desapareces e renasces na ansiosa vergada.

A boca escalda o sentir. Na boca. Arrabastas-me, todo. Tudo!...

Nas pálpebras que se apagam na foz do teu olhar cerrado, pálpavel através das minhas palavras aqui deitadas. Onde as minhas fomes e os meus sorrisos nunca se definem, para que o mistério possa sempre levantar-te e consigas olhar-me, sempre, entre o desejo e o pensar descerrado que guardas entre o teu respirar e o teu coração que irrompe da minha terra, o meu sangue ardente, trespassando-te como o dardo de um caçador, rompendo o fogo perene sentido...!

Eu amo-te no mais profundo dos meus poemas onde somente a inspiração ocupa todos os espaços e veios, na fantasia mais pura dos meus órgãos genitais, na mulher que existe em mim, cheia de alimento para Ti.

Sou todos os teus sonhos coalhados no leite das palavras, imergindo pelo poema, semeando no sangue campos e orvalhos, dentro...»





* ao Jota que SEMPRE faz tremer o meu mundo na queimada da sua boca onde devoro [num continuo sexo] fogo!!

sábado, 26 de março de 2011

Jade Encarnada



(...) Deito fogo à minha escrita, à palavra. Retalho nela a carne em brasa, transmuta onde, o sangue arrasta o tesão febril, queimando todas as minhas ruas e avenidas.
Fendas luminosas o são; queimaduras na, carne, profunda, consanguínea, pura treva, onde os dedos abertos na caneta, se masturbam num mudo mundo, num rítmico dilema que, embriaga e seduz...
O Astro treme, alto, na magnificência, num continuo sexo, onde as carnes se unem e se transformam num pilar único. Demoníaco. Onde se quebram regras e a razão se alastra na força absoluta das chamas que comem a fornalha. Curva. Acre. Num bárbaro coito. Cem palavras...!
Pénis em fogo, Vaginas na minha floresta de letras, onde os haustos nexos me comem e expiam, fechando-me nos seus lábios secretos, anónimos, mas que eu amo nas imagens que me ascendem à cabeça e enriquecem o meu vicío, num incêndio.
A Poesia me engole num fogo sulfuroso. Profundo. Numa trilha sísmica que, rasga os pensares e os desabotoa, que fogem de pesados freios e os devastam num elementar trabalhar de imagens, que têm uma força imponente. Maior, que os faz sonhar e a mim escrever, penetrando em sítios amplos, potentes, fechados aos olhos catrasdos de muitos.
Deito fogo á mente que me lê (...)

Ser Poetisa





(...) O fogo é um elemento incontrolavel. A loucura é a minha cura. Habito entre estas duas tensões, fusas nas muitas noites impressas na tinta das minhas palavras.
Ser poetisa é vestir as rodas excitadas do fogo. Comer poesia numa precipitação em brasa, no poder firme, silêncioso. Absorvente. Assoberbado. No ar erupt...ivo das imagens lívidas por mim recriadas. É ferver num vulcão dos mil sentidos, consumida pelos orgãos e uma esfera que pensa mais alto. Numa abertura interior. É possuir a fonte oculta. Desconhecida, onde tudo se ousa e o sangue se move frenético. Onde o ardor é batido nas veias inacabados que ropem portas. È morosa, a minha loucura. Obsessiva e incustrada. Sem direcção ou posição.
Na extenuante alucinação, os sentidos em germinação. Glória num ardor exemplar, elementar. Redentor. Alucinado. Onde poema se vem nas minhas formas, adentro e, se transforma, extilhaça-me num pulsar, aberto, onde ele bate, bate, bate e me rasga universalmente, numa mão imortal que arde. Desce. Arde. Dói. Arde. Num grito. Arde na fala imensa, na mulher que grita em mim, na matéria violenta que arde, incriada no meu inconstante ventre escarlate, onde as chamas movem as palavras delicadas. Quentes. À tona do poema. À tona Do brotar que o lê. À tona do olhar que o abraça. À tona de mim, Poetisa que o desata de um jorro leito rosa, num manar secreto e eterno que entontece as nuas distancias (...)

sexta-feira, 11 de março de 2011

...



(...)A minha solidão é um lugar tremendo. implacável. Sou. Obscuramente infeliz e incompriensivel aos olhos do comum mortal. A minha vida é uma tela, desarrumada e sem fronteiras. Sou ilusão. Ambígua. No silêncio hábito, o mesmo que silência-me perfurando-me os tecidos vivos. Alimentando-me a loucura, que explode no meu sangue num ...mergulho disperso...
Trago em mim a ameaça, intraduzivel na boca de qualquer Deuz.
Sou um lugar tenebroso, onde somente o meu eu, consegue habitar(...)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

u ímane



Louca a dor superlativa e esconde a fluência dos movimentos teus; sexo; sexualidade; onde morro na terra abstracta na eternidade do peso da argamassa lambida; negra a ferruadela que cobres nas tuas bruxelas estreitas na dormência que sonhas e onde te sonho numa era violenta e fervorosa nas cruas ansias em fogo; ardêncio que decresce nas torres em torno do pêlo carvão onde se assomam os testiculos que me caçam as bocas entre um ou dois movimentos circulares nas palpebras da tesa pele mansa; meles; mel a incorporar-me em; incorporar o verbo que queima a língua e fode nua a memória da tua noite nossa superlativa agarrada à nuca a uma imagem onomatopeia que expira sexo respira sexo e cama na canela dos lábios fecundos a tocar as nuas imagens enrolhadas que abraso no olhar a cada letra que aqui escrevo ou transcrevo do teu lugar opaco onde recordas os ensinos na minha sombra faísca; almíscar ofuscante em brasa que nos enlaça e abrasa as respirações numa ardência alta onde o carvão é o nosso ambíguo fogo caçador aumentado pelas minhas nuas africas em ti; a minha selva em pólvora; ímane.





In "Deuzes(com Z)"

Luisa Demétrio Raposo

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ORÇANDO



Mastro Pai que te aprofundas inspirando em mim para dentro sempre o sangue corrente agarrado a: trespassas a camuflagem; pétala ardente que circulam louca por mim sussurrando; a noite tem vibrações na escarpada passagem oblícula; em torno a; vulva negra fechada na tua mão salgada que absorves nas minhas artérias pulsantes; enxames de ânus e tesão escoam-se em ti com um caudal que transborda a ventre forte que respira no buraco e come os enxameados lagos em ti; os sangues turbilhonam misturando-se entre o meu e o teu cais transparente na nua mão que se movimenta por interio em mim maciçamente; aprofundar du teu cume na forma lavrada raiando a membrana no espelho vivo e leonino que é Astro Mãe na boca pura onde o tesão começa; a pele treme; a mesma coisa onde impensadamente brilha a tua voz rouca dentro dos anais da minha carne nocturna perna a perna boca a boca língua a língua apontas a ponta do poro em poro no animal que é inocente metáfora e eu Astro Mãe tu Mastro Pai que nos aprofundamos ambos no sangue corrente em nós exalado a; percorrendo plumagens em viagens dementes e circulares misturadas na noite alargada do sexo penetrante que crepita sussurros em anestesias de descobertas no hálito divagante onde Deuz regressa à limpidez dos furos naturais completamente ardidos em torno dos raios e dos tesões por nós expelidos no único vulcão que se lavra a pulso nos genitais que se movimenta por inteiro em nós dentro de poro em poro boca na tua na minha boca um mamilo que se esvai na tua graganta; Mastro Pai onde a minha noite se torna Humana nas caverna transburdantes onde bate o sexo no branco que lambe o mundo em retorna da vida em fluidos que rosnam; bem estar abrasamo oculto na veia louca da minha escrita; no escuro rebentaram atmosferas orgulhosas gulosas em jubilição das multiplicações que prodigiosamente se fundiram no Mastro Astro Deuz!

in " Deuzes(com z)

Luisa Demétrio Raposo

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Frases e Pensamentos




«...»Estou a ficar viciada na solidão. Cada vez passo mais tempo com as palavras e menos com as pessoas... Tenho necessidade da solidão para escrever e para me sentir. O mesmo não acontece quando estou com entre gentes, porque cada vez mais me desiludem. Sinto a maior parte delas a galáxias de distancia.Não falamos a mesma lingua e não partilhamos o mesmo sentir. Tenho muitas muitas saudades de casa, de um local que existe no sitio onde penso«...»

in "Deuzes(com Z)

Luisa Demétrio Raposo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O ROSTO



É princípio, em várias formas. Toca-me sempre numa largada sensível . Na minha, cabeça, é o delírio, nos teus lábios docemente um animal. O espaço obtuso dentre o ar e a multidão carne. Os átomos o invandem, a unir a turbulência íntima do espasmar, que , por si fertil, escreve as multiplicidades de uma razão, seja ela excessiva ou quiça não... E, é neste baixos raios que se desmatam nus teatros, consumados, do dia a dia, na hora, do segundo. No agora. Por todos. Us lados que À minha voltejam. Mandam!
Comer um arrepio no silêncio, uma ventania [me] fode u imaginar. O Rosto, é, sempre solitário e varre totalmente a geometria, com olhos em confronto.
Na língua a devassidão, e, é, sempre preciso entrar nela. Alimentar-me, ela. Macia, como nua pluma . Atravessar. Lamber, ainda molhada, para poder roubar a vocação. O texto. A elegancia bruta das palavras. Cruas. Na língua. No rosto que abrasa o que pensam de mim. Que...Queima... Aquando da boca se desbocam como àguias ardentes. Letras. Vivas. Serpenteiam com prazer o espaço, o campo centrífugo, a verdade supostamente virgem, compacta.
O Deus, Rosto, é o enlace no poder , um gabinete que obedece à Deusa òrbita. a Mente severa. Vibrante. Sexual. Em cima. No topo. Ao cimo, na clarida de um orgão extremo, o Cerebro!
Não existe sangue maior que o pensar. Não existe imagem maior que circula no imaginar, que alcança murmurando concepção à volta de um nun delirio. Não existe mundo maior que a força difundida, desta máquina movida a fogo pela dor e pela paixão. Que busca claridade no movimento intrínseco , nas constelações da carne. Que busca na sexualidade. Energia Dentro. Em Astros. Puros. No sangue Astro. que martela, brilha num vermelho que solta as labaredas do abismo, contínuo, dentro, à cabeça, nas veias do meu ... Imaginar!


Luisa Demétrio Raposo

*14 de Fevereiro 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Deus Nu AlenTejo


(...) O Astro intenso, Sol [hoje] nos invade nas janelas. Batendo asas no ar que aperto, no silêncio aplainado do Deus, cor, paixão, na minha mão cega, Libélula.
Veemente debruçada, a ilusão neste quartzo, a energia num tudo, absorvida nas ondas vermelhas, que cantam a minha alegria. Espantado. Espalhada.
Escrevo a solidão de um obsessivo Alentejo brutalmente delicado e apaixonante, onde o Astro Sol caça deitado a matéria bruta da Mãe natureza. Terra vida. Do silêncio alimenta-se.[Alimenta-me]
Do incêndio, nas noites que corta, às portas nebulosas da Alentejana lavrando poemas. A Poetisa que te escreve, numa veia adentro, uma nua Àrvore. Sombreira e plana, tão baixa como tu, que se afunda entre o sal agudo do ar imenso da planicie...
É aí que te [me] penso, com o meu olhar de Deusa, é aqui [ali] que pertenço, com peso do desordenado do meu hemisférico coração.Que despedaço nas frases. Nos lábios meus, anónimos que amam esta terra, voraz em jubilação.
Alentejo, u Mundo, no perfume que sorvo ao sangue. Transfusão das nuas miragens, límpido como um violino em que alguém desatou o som, a paixão, o fôlego, o vento. O fogo que tudo ilumina e trona translúcido. Que arranca aos sobreiro, límbos. Às porcelanans Oliveiras. Às Mãos Deusas que trabalham e choram o marmore. Esculpindo riquezas de uma memória silvestre. Paralela. Deusa. Deus. E Astro!...
Resplandecida, por tudo o que foi trazido em súbito pela alma, acordo para u abismo, entrando na razão initerrupta, nas imegens que se desnudam, no segredo externo das minhas palavras (...)

sábado, 15 de janeiro de 2011

SECRETOS[ eu escrevo-te Jota]



A noite escorre sangue e tempo, ardendo em amor ou simplesmente TU [alguém] me queima o corpo...
Um girassol , serve de lareira, à procura de luxúria. Isso eu sei, porque em ti me quero. Aparece a dança, foi à tua dança que eu me perdi, aberta no meio...
Campos silvestres, campos celestes, levantados e loucos na, noite que entretanto, se faz dia. Vociferante, traz a tua cabeça ao cimo dum monte. A tua mão cresce depressa. Posição. Nela cresce a minha, ansiosa pressa, a turbulência íntima que me chama. A unir. O acaso se desmata, onde se enrola a pedra redonda. Em, mim, submissa. Que procura o centro. Meu!...
O ar, se debruça na atmosfera terna, calma, secreta espelha à boca tempo e transforma-se.
Sangue ingénuo sobre as lajes o amor queima. Maldito, que desce para te dar a beber.
Relâmpago!
É preciso ser, Sexo, para entender as palavras em transe, e só aço deve transpirar através delas, infinitamente. Na obscura pele compacta.Exaltadas. Na espuma que pára para me inundar numa torrente inteligente( por aí dentro). Exigente. De, mais. Quente. Faminta. Sobre o cru, vale!...
O nu lugar desaparece. Sei que devo escrever aqui todos os aa do acto, as ferragens da roupa que bate contra o texto, numa escrita em vapores, suores, ecos e pancadas, de um, no outro, no lugar do outro. Nu tesão lacrado.
Em mente a tua zona. A minha boca escuta. As disturções das leituras, do teu rosto rosto limite além das minhas nebelinas, do meu gosto de ser. Expelida nas funduras do precepício ignío. Génio. Mastro!
Agora sei o que quero saber, sei o que os teus dedos violinos dizem, quando falam, quando me tocam nas loucas costas, no meu cabelo em fogo. Olhando-te. Sorvendo-te. Empurrando-te. Num poder difundido. Na obsorção irredutível.
O nosso amor é um caminho de fomes, embrionárias, e todo ele se enrola pelo lado, de, dentro. Todo ele se consome com o que em ti cresce pelo lado de fora. Dentro e fora. O nosso tempo é um relevo alto. Uma escrita louca, enquanto a minha voz abdicar do silêncio para aqui viver, escrever cada frase é um mundo, mudo aos olhos de quem me lê.
Para ti é sangue concentrado numa metáfora, a centelha. Paixão. Equilibrio. Rapto.
Os sonhos são estúdios severos, laços ateados, explelindo palavras, na minha e, na mente de quem em mim se fecha...




Luisa Demétrio Raposo

*15 de Janeiro/2011