segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

u ímane



Louca a dor superlativa e esconde a fluência dos movimentos teus; sexo; sexualidade; onde morro na terra abstracta na eternidade do peso da argamassa lambida; negra a ferruadela que cobres nas tuas bruxelas estreitas na dormência que sonhas e onde te sonho numa era violenta e fervorosa nas cruas ansias em fogo; ardêncio que decresce nas torres em torno do pêlo carvão onde se assomam os testiculos que me caçam as bocas entre um ou dois movimentos circulares nas palpebras da tesa pele mansa; meles; mel a incorporar-me em; incorporar o verbo que queima a língua e fode nua a memória da tua noite nossa superlativa agarrada à nuca a uma imagem onomatopeia que expira sexo respira sexo e cama na canela dos lábios fecundos a tocar as nuas imagens enrolhadas que abraso no olhar a cada letra que aqui escrevo ou transcrevo do teu lugar opaco onde recordas os ensinos na minha sombra faísca; almíscar ofuscante em brasa que nos enlaça e abrasa as respirações numa ardência alta onde o carvão é o nosso ambíguo fogo caçador aumentado pelas minhas nuas africas em ti; a minha selva em pólvora; ímane.





In "Deuzes(com Z)"

Luisa Demétrio Raposo

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ORÇANDO



Mastro Pai que te aprofundas inspirando em mim para dentro sempre o sangue corrente agarrado a: trespassas a camuflagem; pétala ardente que circulam louca por mim sussurrando; a noite tem vibrações na escarpada passagem oblícula; em torno a; vulva negra fechada na tua mão salgada que absorves nas minhas artérias pulsantes; enxames de ânus e tesão escoam-se em ti com um caudal que transborda a ventre forte que respira no buraco e come os enxameados lagos em ti; os sangues turbilhonam misturando-se entre o meu e o teu cais transparente na nua mão que se movimenta por interio em mim maciçamente; aprofundar du teu cume na forma lavrada raiando a membrana no espelho vivo e leonino que é Astro Mãe na boca pura onde o tesão começa; a pele treme; a mesma coisa onde impensadamente brilha a tua voz rouca dentro dos anais da minha carne nocturna perna a perna boca a boca língua a língua apontas a ponta do poro em poro no animal que é inocente metáfora e eu Astro Mãe tu Mastro Pai que nos aprofundamos ambos no sangue corrente em nós exalado a; percorrendo plumagens em viagens dementes e circulares misturadas na noite alargada do sexo penetrante que crepita sussurros em anestesias de descobertas no hálito divagante onde Deuz regressa à limpidez dos furos naturais completamente ardidos em torno dos raios e dos tesões por nós expelidos no único vulcão que se lavra a pulso nos genitais que se movimenta por inteiro em nós dentro de poro em poro boca na tua na minha boca um mamilo que se esvai na tua graganta; Mastro Pai onde a minha noite se torna Humana nas caverna transburdantes onde bate o sexo no branco que lambe o mundo em retorna da vida em fluidos que rosnam; bem estar abrasamo oculto na veia louca da minha escrita; no escuro rebentaram atmosferas orgulhosas gulosas em jubilição das multiplicações que prodigiosamente se fundiram no Mastro Astro Deuz!

in " Deuzes(com z)

Luisa Demétrio Raposo

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Frases e Pensamentos




«...»Estou a ficar viciada na solidão. Cada vez passo mais tempo com as palavras e menos com as pessoas... Tenho necessidade da solidão para escrever e para me sentir. O mesmo não acontece quando estou com entre gentes, porque cada vez mais me desiludem. Sinto a maior parte delas a galáxias de distancia.Não falamos a mesma lingua e não partilhamos o mesmo sentir. Tenho muitas muitas saudades de casa, de um local que existe no sitio onde penso«...»

in "Deuzes(com Z)

Luisa Demétrio Raposo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O ROSTO



É princípio, em várias formas. Toca-me sempre numa largada sensível . Na minha, cabeça, é o delírio, nos teus lábios docemente um animal. O espaço obtuso dentre o ar e a multidão carne. Os átomos o invandem, a unir a turbulência íntima do espasmar, que , por si fertil, escreve as multiplicidades de uma razão, seja ela excessiva ou quiça não... E, é neste baixos raios que se desmatam nus teatros, consumados, do dia a dia, na hora, do segundo. No agora. Por todos. Us lados que À minha voltejam. Mandam!
Comer um arrepio no silêncio, uma ventania [me] fode u imaginar. O Rosto, é, sempre solitário e varre totalmente a geometria, com olhos em confronto.
Na língua a devassidão, e, é, sempre preciso entrar nela. Alimentar-me, ela. Macia, como nua pluma . Atravessar. Lamber, ainda molhada, para poder roubar a vocação. O texto. A elegancia bruta das palavras. Cruas. Na língua. No rosto que abrasa o que pensam de mim. Que...Queima... Aquando da boca se desbocam como àguias ardentes. Letras. Vivas. Serpenteiam com prazer o espaço, o campo centrífugo, a verdade supostamente virgem, compacta.
O Deus, Rosto, é o enlace no poder , um gabinete que obedece à Deusa òrbita. a Mente severa. Vibrante. Sexual. Em cima. No topo. Ao cimo, na clarida de um orgão extremo, o Cerebro!
Não existe sangue maior que o pensar. Não existe imagem maior que circula no imaginar, que alcança murmurando concepção à volta de um nun delirio. Não existe mundo maior que a força difundida, desta máquina movida a fogo pela dor e pela paixão. Que busca claridade no movimento intrínseco , nas constelações da carne. Que busca na sexualidade. Energia Dentro. Em Astros. Puros. No sangue Astro. que martela, brilha num vermelho que solta as labaredas do abismo, contínuo, dentro, à cabeça, nas veias do meu ... Imaginar!


Luisa Demétrio Raposo

*14 de Fevereiro 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Deus Nu AlenTejo


(...) O Astro intenso, Sol [hoje] nos invade nas janelas. Batendo asas no ar que aperto, no silêncio aplainado do Deus, cor, paixão, na minha mão cega, Libélula.
Veemente debruçada, a ilusão neste quartzo, a energia num tudo, absorvida nas ondas vermelhas, que cantam a minha alegria. Espantado. Espalhada.
Escrevo a solidão de um obsessivo Alentejo brutalmente delicado e apaixonante, onde o Astro Sol caça deitado a matéria bruta da Mãe natureza. Terra vida. Do silêncio alimenta-se.[Alimenta-me]
Do incêndio, nas noites que corta, às portas nebulosas da Alentejana lavrando poemas. A Poetisa que te escreve, numa veia adentro, uma nua Àrvore. Sombreira e plana, tão baixa como tu, que se afunda entre o sal agudo do ar imenso da planicie...
É aí que te [me] penso, com o meu olhar de Deusa, é aqui [ali] que pertenço, com peso do desordenado do meu hemisférico coração.Que despedaço nas frases. Nos lábios meus, anónimos que amam esta terra, voraz em jubilação.
Alentejo, u Mundo, no perfume que sorvo ao sangue. Transfusão das nuas miragens, límpido como um violino em que alguém desatou o som, a paixão, o fôlego, o vento. O fogo que tudo ilumina e trona translúcido. Que arranca aos sobreiro, límbos. Às porcelanans Oliveiras. Às Mãos Deusas que trabalham e choram o marmore. Esculpindo riquezas de uma memória silvestre. Paralela. Deusa. Deus. E Astro!...
Resplandecida, por tudo o que foi trazido em súbito pela alma, acordo para u abismo, entrando na razão initerrupta, nas imegens que se desnudam, no segredo externo das minhas palavras (...)