sábado, 26 de março de 2011

Jade Encarnada



(...) Deito fogo à minha escrita, à palavra. Retalho nela a carne em brasa, transmuta onde, o sangue arrasta o tesão febril, queimando todas as minhas ruas e avenidas.
Fendas luminosas o são; queimaduras na, carne, profunda, consanguínea, pura treva, onde os dedos abertos na caneta, se masturbam num mudo mundo, num rítmico dilema que, embriaga e seduz...
O Astro treme, alto, na magnificência, num continuo sexo, onde as carnes se unem e se transformam num pilar único. Demoníaco. Onde se quebram regras e a razão se alastra na força absoluta das chamas que comem a fornalha. Curva. Acre. Num bárbaro coito. Cem palavras...!
Pénis em fogo, Vaginas na minha floresta de letras, onde os haustos nexos me comem e expiam, fechando-me nos seus lábios secretos, anónimos, mas que eu amo nas imagens que me ascendem à cabeça e enriquecem o meu vicío, num incêndio.
A Poesia me engole num fogo sulfuroso. Profundo. Numa trilha sísmica que, rasga os pensares e os desabotoa, que fogem de pesados freios e os devastam num elementar trabalhar de imagens, que têm uma força imponente. Maior, que os faz sonhar e a mim escrever, penetrando em sítios amplos, potentes, fechados aos olhos catrasdos de muitos.
Deito fogo á mente que me lê (...)

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Nunca tinha lido nada seu.
Mas, depois de ver um poema no blog da Rosarinho e de ter lido aqui três textos, tebho a certeza que estou perante uma escritora.
Parabéns pelo talento que revela na sua escrita.
Cara Luisa, tudo de bom para si.

Alexandre da Fonseca disse...

ADOREI SEUS POEMAS!SUCESSO E MUITA PAZ...BJS VISITE: WWW.INSTITUTOEUQUEROPAZ.BLOGSPOT.COM