domingo, 12 de junho de 2011

Na Queimda da Tua Boca Onde Devoro Fogo!...




»Perco-me sempre entre os pilares escarlates da tua boca e imagino-te a tocares na garganta onde desapareces e renasces na ansiosa vergada.

A boca escalda o sentir. Na boca. Arrabastas-me, todo. Tudo!...

Nas pálpebras que se apagam na foz do teu olhar cerrado, pálpavel através das minhas palavras aqui deitadas. Onde as minhas fomes e os meus sorrisos nunca se definem, para que o mistério possa sempre levantar-te e consigas olhar-me, sempre, entre o desejo e o pensar descerrado que guardas entre o teu respirar e o teu coração que irrompe da minha terra, o meu sangue ardente, trespassando-te como o dardo de um caçador, rompendo o fogo perene sentido...!

Eu amo-te no mais profundo dos meus poemas onde somente a inspiração ocupa todos os espaços e veios, na fantasia mais pura dos meus órgãos genitais, na mulher que existe em mim, cheia de alimento para Ti.

Sou todos os teus sonhos coalhados no leite das palavras, imergindo pelo poema, semeando no sangue campos e orvalhos, dentro...»





* ao Jota que SEMPRE faz tremer o meu mundo na queimada da sua boca onde devoro [num continuo sexo] fogo!!