quinta-feira, 21 de julho de 2011

frases àrduas [falam]



(...) O Genitais... aumentam... aumentam em mim as palavras que o silêncio pontua no {meu} interior reflexo, num mundo que somente para mim é real. Onde as tardes são longas descobertas e a palavra reencontra o antes a entrar no mundo. Onde a minha língua treme inteira, dentro, em ti, opolenta. E te urde numa potência arvorada...

Toco-te numa fincada louca, luminosa, onde o teu tempo é somente um relevo por mim aquecido, numa fascinação que cresce cheio de uma tesa trama que não quer falar, mas elouquece, presa a uma veia escarlate, entre o teu fôlego e a minha erótica escrita, na transfusão da imagem que uma extensa faísca enche insessantemente...



Dentro do meu sexo a tua voz requer palavras; palavras nas quais eu balouço e gravito.Onde o odor insensato, balbuceia rápido palavras onde me rasgo e tudo, meu amor, tudo me abala dentro delas. Palavras onde todo afundas, e ardes cheio de gritos que mergulham e ao mesmo tempo fogem das formas, nos bordos raiados a vermelho... tão translucidamente...

As, labaredas tocam a cama, num troço avistado, na sombra cativa, na margem, dentro de um gesto que desfeicha e estala a desordem de um ex exercicio nominal...

Na Vagina plantas colinas, onde entra o teu Astro que por mim alastra, deixando um abismo cego nas partes graves, cheio de esperma... (...)



* ao Jota, eternamente, aquele que eu amo profundamente...

Luisa Demétrio Raposo
21/7/2011

1 comentário:

São Rosas disse...

E não publicas com mais regularidade n'a funda São porquê, cachopa?