sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

o corpo é um tear de núcleos







Dentro ressurgem epílogos dispersos, bulícios, traqueiantes campos áridos e planicies que devoram o sémem e os uivos que delimitam as ínsignias indomáveis.
Nascemos sexo. O nosso corpo é um fecundo passageiro, um corso de àguas extenuado e invertido nos burilados escalavrados sulcos. Uma cratera extensa de natureza vulcanizada. Nardos poros. Nardos obliquamente redemoinham nas iniciais de uma faísca em penetração. O sexo é a constelação arterial, onde cada imagem nossa se fecha em cada coisa. Furiosamente. Se abre em cada coisa.

O mundo me alarga nos braços.

Com boca na boca e a vulva que engole os suores roucos e prometidos. Fogo e milhares de exercicios gladiadores.
O clitóris injectando confidencias inconstantes, contrabandeia tesão e volúpia. Fixamente inspira. Suspira. Fode propagações e espasmos nos amanhãs elétricos que o destino em nós, corpo, semeia.

Luisa Demétrio Raposo

1 comentário:

São Rosas disse...

No nosso blog precisamos também de ferver ;O)