sexta-feira, 31 de agosto de 2012

inchada em Carne Quente


A minha boca tem luas que queimam, onde o sangue bombeia o ar levantado na tua braguilha;
Idiomas na geometria pátria, a cordilheira escarlate que fermenta  a musa, onde te concentras e o tesão de abismo em abismo nos olha comendo, devorando  o vermelho.

 As mãos sobre as coisas, afastam de mim a inocência e trazem de ti um falo em carne violenta na animalidade do acto. As palavras paridas em seiva sobre a decifração que ressoa, por cima do escuro em torno  dos baixios, onde  a germinalidade une a metamorfose dos pulsares das duas translatórias línguas, a exploração mutua que vêm do corpo explode exibindo uma cratera crepitante entro os nossos quatro braços ferozes fechados no abismo infinitamente prismático, devorador.

Ângulos se desenham sobre os gemeres peregrinos que íngremes triunfam entre os nossos contactos em brasa.

 Resinas ecoam como águias, anunciando os miasmas profundos, renques de esperma cingindo por um rio lento que se encontra em mim própria, no sentir ronco dos espelhos, no sitio onde os murmuros brotam águas ardentes  no sangue metido. Nas massas ímpares, tudo se torna leve, do lado quente da água, abrasada e que devora um pénis por inteiro, rompendo pela frente o acto e o estado natural  da carne que urde no fecho  ôrganico de um Astro atravessando outro Astro.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

semiluna


O corpo é o instrumento encerrado na palavra. Desapareci. Nas deslumbradas estações á beira cio onde o  sexo, o meu grande sonhador existe. Suspenso. Em compulsivas fontes, onde os pensamentos crescem antes da luz.ondas gigantes, inomináveis, gritos sobre o tronco, o mastro na sedução, nas noites impressas. O prazer vocabular,  secreto, a inventar núpcias em lugares fascinados, em olhares descobridores. Dialectos escorrem na pureza dos líquidos sentados no tempo  que abrasa-me a roda interior.

A vulva__________minha mãe, ao teu colo escrevo árias anónimas do subsolo. Há que ser carne, menbrana de uma lua, viva  em baixo das pupilas engomadoras, que piscam na malha o ventre e dão largas ás correias para  cercar, a  mulher no tesão visitada. a beleza de um buraco  nos poros de uma imagem altamente erótica. os laivos, o poder ronco, a força, o espelho que mergulha em tragos suaves nos agarrando á cama onde as bocas escoam no escuro o sabor pleno, amargo onde se renasce e se morre amplamente após o devorar num orgasmo


Luisa Demétrio Raposo

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

minuet


»do  corpo transparece a porta  sensualidade que me despe as palavras em andamento-  o solar secreto da pele no meio  dos hemisférios que expiram sítios e nos devoram em tudo no tudo que agarram…
dedos, no devagar a debruçar nas áfricas roucas onde o ar e as águas ocultam janelas e as formas dos lugares uns nos outros, em nós o corpo faísca, ás vezes levita-se, outras tu sussurras e eu fico ilumidada e então atravessamos o mundo vertiginoso.
Os sítios nunca param, nadando em carne por entre as gargantas e a língua fechando-me no teu rosto, a minha lua maior queima-te a saliva viva, amo-te!
O torso e o canto no meu rosto , na sombra, onde bebo numa infusa e intima orgia. Em mente a sede se forma e o acto no centro  doce,  nos lábios rosados, perfilados, suados pela seiva no soprar de um sussurro quente,, abrasadoramente barbara.
A boca em chama se desata nas cordilheiras da minha. Embriaguez porvindoura,  sedosa, lenta na raiz a rosa, exaltando tesos tesões entre as c oxas primitivas que vibram encandeando cores e aromas, onde desabalam as águas e as longas fomes, a mão dita entre  o caos e o abrupto sentido quando te abres«

 
" Existem  mundos num corpo. Árduas  luas que  se exaltam por uma porta a meio  do terrível espaço, a confusão.

Evapora-se o centro e o mundo abranda em soneto, onde com evidencia  sinto a presa na carne, a  que me prende ao lugar, com dentes ponte agudos  deixando-me em transe o espaço, a congerminação exaltada da minha realidade, translúcida, aqui,  tão viva, fora de um nu outro lado, o mundo onde o sol é arrancado ao espelho, onde se pousa o meu corpo, e passa ao Ser, paisagem, diáfana, recuscitando todo o  fogo, ávido meu corpo fixando  os sorvedouros,  os Astros ao tremulo da minha pele…

O corpo fermenta matéria e mil pontas no destroçar da mão garra. A dor das coisas é o medo fremindo. O que sinto para além da carne, nos ralos do sangue, no tragar da respiração entre os elementos vivos. Eu o instrumento da matéria que arranca á língua o rosto e os olhares que aspiram-me em ilusórias conspirações, pensativos os outros passam pela minha rua e me aspiram sem saber, me respiram no querer escorar, encurralar  nas gradações da mente á qual obedecem em aterragens inconsequentes…

Luisa Demétrio Raposo

 
 
A ideia nos meus poente molha  metáforas e os úteros imortais da carne. Louca,  em cima a pulsar repercute entre o abandono e a cortesã personagem que por mim inteligentemente congermina-se. O  pensar  sangra obsessivamente palavras renascidas em cios que gravitam pelos (meus) equadores baixos, em ondas que se estilhaçam e escorregam pela desordem que é o meu corpo.

 Entre o abandono que entrança a linguagem, existem  cénarios sem gestos nem falanges, perspectivas no acolhimento, pálpebras, gôndolas_______iluminadas por uma extensa inspiração, decorrente, um rio de sangues, irrigado___ escutam-me as palavras que assimétricas, descem húmidas no latejar halo.

O fogo  em arcadas e imolações sobre a  cabeça, esta coisa que rima o espargir da vida e  morde-me em toda a minha húmida carne.______________num grito indígena o palco é o mundo onde o meu isso acontece e se trava a marcha a ler_________o ar permissivo olha-me e me olha os fundos da noite, brava e infinitamente cruel. O texto é a memória da boca em desiquilibrio, os círculos nómadas, as cartilagens que gemem para lá das minhas cisternas interiores________________a cama onde os órgãos crescem e as rotações bobeiam as silhuetas, junatemnte, secretamente, e os sexos  felinos criptam-se___________ a cama, o  meu endereço  amante, do equlibrio e desiquilibrio, em volta, a precepitação, volta, sem rosto…


Luisa Demétrio Raposo

sábado, 18 de agosto de 2012

íman



Louca a dor superlativa e esconde a fluência dos movimentos teus; sexo; sexualidade; onde morro na terra abstracta na eternidade do peso da argamassa
lambida; negra a ferruadela que cobres nas tuas bruxelas estreitas na dormência que sonhas e onde te sonho numa era violenta e fervorosa nas cruas ansias em fogo; ardêncio que decresce nas torres em torno do pêlo carvão onde se assomam os testiculos que me caçam as bocas entre um ou dois movimentos circulares nas palpebras da tesa pele mansa; meles; mel a incorporar-me em; incorporar o verbo que queima a língua e fode nua a memória da tua noite nossa superlativa agarrada à nuca a uma imagem onomatopeia que expira sexo respira sexo e cama na canela dos lábios fecundos a tocar as nuas imagens enrolhadas que abraso no olhar a cada letra que aqui escrevo ou transcrevo do teu lugar opaco onde recordas os ensinos na minha sombra faísca; almíscar ofuscante em brasa que nos enlaça e abrasa as respirações numa ardência alta onde o carvão é o nosso ambíguo fogo caçador aumentado pelas minhas nuas africas em ti; a minha selva em pólvora; íman.

in NYMPHEA


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SALMÃO



{SALMÃO, entre as forma  poliglotas da língua se desabotoa no rio aceso, descendo, entre os esquadros, continuamente, na  fraseologia HÚMIDA, incerta nas cavidades a descobrir }

A PELE se dependura, animal, na gaze a língua, SALMÃO, fecunda e viajante...

Treme o sangue a roçar  a crispação que se lambe  num enxame, nos mamilos, em osmose. Os SEIOS e a seda dança, crespa, selvagem, múltipla, luxuosa e eu SORVO-ME neles. Isolando os prados em prantos, gemeres abismais exitados, esfuziantes,  que na respiração se exibem, líquenes. Obturada a mão MUSA acende a estrela e a massa cravada a recebe em movimento. Fica assim. Gulosa na dança pelas roupas e a nudez. Duplamente CORPO e remoinho…

Nos lugares opacos a carne fica iluminada!

Os DEDOS inventam imperscrutáveis  sílabas. Narinas e curvas tensas numa fronte de beleza em labaredas e uma ABERTURA salgada se  desfralda em citadinas avenidas de prazer. Os bífidos  sentidos onde os teoremas se ajoelham e rendem em pistas marítimas, dorsos  onde as COXAS põe a luzir as falanges: onde o meu sal se deita, cresce e aloja  essa força que trago dentro de mim, nua, em quadris que  tua boca expele transpira, húmida como a escrita em carne, SALMÃO, respira e transpira desde o  fundo da página ao grito que se despenha e se entorna na água QUENTE que transborda de onde me arranco o DENTRO e escrevo. As palavras em sexo e as VAGINAS furiosamente ENTORNADAS nesta página, radiando o que na mente ARDE e nos lembrares treme.

 Paragens gráficas o SALMÃO desce, no meio cresce. Sei que toco o desvastador, em sinos que desmaiam as raias, a braçada quente. Beijo-te por dentro. A BOCA no chão. O branco da matéria deixando-nos em BRASA os LÁBIOS, na sagacidade dos sítios, e o incêndio não sabe que estás algures na paisagem que ergues em múltiplas tragadas, na VULVA alta, alimento, pura. Tremendo no meu mundo ou no aroma aterrada a colher rotativa a substancia primária. Delicada. Tão ABERTA que apanha toda a rósea LÍNGUA dentro no SEXO desabrochada.

A bexiga planta e discursa laços,  acolhimentos, corpúsculos nas vertingens agora poltronas do meu, do nosso, SALMÃO em total desalinho, perto do Porto. ONDE  o rebuço ruge   agudo os rasgões de LANHA em LANHA.

A choupa pulsa o umbigo. Redondo. A conjuntura chupando um CLITÓRIS, femenino, a carne em círculos debruçada. Brilha, Branco  o TESÃO, côncavo grita, geme relâmpagos entre o óleo táctil, no profundo das águas ardentes, o HAUSTO idioma e as efervescências hieroglíficas_____________________ENTRANDO.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

"Não existem braços na monstruosa distancia. Existem memórias no percurso feminino.
_Quero ser eterna nos parentises de uma tragada deflagrada!
_Sou eterna em fogo bruto que se extenua dentro. Não conheço outra realidade, embora habite inumeras dimensões delirantes.
No vazio multiplicando______ a submissão de um pensar em fundo resplandente. Os tactos panoramicos intactos entre os lençois que deambulam seduções. Sobre o tempo instantaneo os rasgos na pele, ainda ferve uma intensa cheia de prelongados passos aferrados na Orgíaca estrídula.

ÁCIDOS__ laivos na dimensão suspensa, irregular, embaciam a permanência, sinais para um novo impluso, onde os sexos são a ordem na desordem..."

Luisa Demétrio Raposo

«Gosto de viver no meu mundo imaginário, por isso, nunca estou bem em lado algum, porque não consigo encontrar um mundo (imaginário) igual ao meu. Isso leva-me a muitas mudanças, à instabilidade e também à inquietação constante.
Estou cada dia mais distante de tudo e de todos...»

Luisa Demétrio Raposo

(...) Pontes aos braços por onde folheie as desavindas carnes pensantes. Os dedos incompletos. Cravados entre mim e a obra que gostaria de pensar e que espalhada em mim, se sugere como um instrumento invocando.

Ouço-a dizer que;

através dos nervos se entalam e se estendem criações inteiras...

« A demência pousa lenta no meu memorial mulher »

Ocupa-me um centro. Mexe nas minhas salas já desarrumadas e quebra todos os engarrafamentos delgados.

Da minha boca cercada envolvida em ossos dedelares e outras astronomias é possivel ainda amar para fora da terra, a mesma de muitas àguas. Fonte de músicas frias e pequenos viveres. Todos abertos me aguardam.

Oiço grito nas paredes laterais do branco que se entorna em abundância pela minha página...

E tu o que ouves quando me lês!? (...)