terça-feira, 25 de setembro de 2012

lepidopteras


perfeitas as palavras quando carboníferas.
Assim como as Deusas que nelas encerram íngremes palavras e a sua aparição contigua

"A poesia, essa seiva que alimenta a vocação do humano. abrindo e fechando seu internos rios separando-lhes a noite e as suas cruas ribeiras internas em veias abrasadas. chamas que lhes escaldam os eclipses e o despedaçar, numa turca Orgia"

Luisa Demétrio Raposo

sábado, 22 de setembro de 2012

Sulcos


"Ardua inteligência de um fogo, leopardo, que no embrenhar, a carne dilacera e aí permanece maior e desfere os raios perfilando em sonambolas perguntas nocturnas.
( fervo)
Alcanço-te do ar a atadura e os teus passos centopieas. Anonimos. Envoltos em entradas e saidas que devoram os nossos fôlegos juntos. O amargo predador dos orificios explode e delimita cruzando toda a reveleção dos intensos abismos interminaveis entre nós dois. No sigilo degolo-te a braguilha, ociosameeennnttttteeeeeee…

Chove no meu cio e nas ruas as águas correm côncavas sobre o olhar inominavel de um Astro cuja matérias cresce na imagem de mente, alagando tudo o que a demência humana pode húmidificar entre as virilhas, rudes, entre os pêlos, a vulva transmite e tudo em mim transforma. Estás dentro e não sabes. Tu o remoinho que me rebenta em braçadas altas… e não sabes que o meu mar se encontra aberto, descoberto, entre o Sal mergulhador que salga volumes e volumes de águas toda a manilha, num diametro erótico.
Tu não sabes… e dentro… não falas… mal respiras… centrifugo… inteiro, entre cada pausa muscular_______________aaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh_________estremecimentos. Relâmpagos. incham-me os seios de fora para dentro. Teus olhos, ao longe fixos, se esgotam entre as linhas do meu lume,rebrilhando… e tu não sabes, que uma fenda chama chama para que me echas de esperma. ferozmente, anseio o caótico branco das águas jorrantes do plutonio brutal. animal. Em bruto.
Psicadelicas enxertias invadem-me os sangues e espereito-te nas, as bilabiais talhas. Sabes, as minhas bocas plantaram óleos______________perfumes ilícitos que te aguardam e ascendem todos os teus crus suores, nos defrontes comeres, lembras!??
Lembraaaaaaaaaa… que tudo começa no invisivel mexo e rápido se despenha até ao fundo, humílio."

Luisa Demétrio Raposo

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

leopardas sílabas [manuscritas


" na escrita o supremo é imaginar…
“ sentir pupila a pupila, no marulhar dos dias esquecidos a beleza entre os sexos húmidos deitados no mar de leito. Sopranas, as bocas, seus hálitos vêem o fogo movido no inebriamento e se arrebatam-se uma una á outra, cosidas á força de mil labaredas.
Os fluidos acendem-se nos braços, entre os nós das carnes e o sangue faísca ao som de qualquer palavra leviana...
mente. Nos espelhos a imagens de duas linhas, paralelas em fulcro, no começo de um arremesso. As partes brilhando. Morrendo húmidas. Brilhando. A loucura soberana alangado todo os poros. Os sexos rugindo ecos. Em sitios dentro bebendo de leite e comendo-se na claridade que ainda não jorra.
Os olhos são, as portas dançando e se unindo. Abrindo os quatro céus ao cerne da libertação das polpas, quase quase maduras…
A vulva queima, no seio do seu terrível escuro onde o pénis bebe grandemente, bebedeiras, desforradas em insónias e trevas imediatas. A foda é a expansão aluada de um sangue em forma de falo que mergulha abruptamente no ritmo que tudo ilumina, e de quem dela bebe, se embriaga tal como o pénis bebedor…
O amargo queima a língua no vórtice da sua acidez fertil. Na languidez perfida. Na volúpia intuitiva do sexo. A teia fecha-se, desentranhando as plumagens. Na vulva as águas espraem-se selvagens entre as imagens e a constelação. O sexo sorve-as. Fundamente e arranca-as porque tudo nelas afoga-se inevitavelmente em fogo.”
O tempo é então selado nos lugares altos e se transforma em profundas crateras . Nu desejo e ali permanece infinitamente dentro. As coadas respiram, agora, rencostadas no papel, na minha página, aqui escrita, transcrita na mente, essa musa, a Deusa que em mim suspira na imovel branca folha de papel…"


Luisa Demétrio Raposo

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

efígie II

 

"meus desejos são pássaros que nas tuas coxas gemem vermelhos e escarlates redondos e cheiros que em cio chovem sobre a linha curva da vagina imensa bato nela a língua e um forte delírio sobre o tudo e a terra atiçada porque eu amo esta fome e este teu campo afogado onde as ondas orgásticas rolam no entra e sai que envolve e dissolve o circuito ardente enterrando duros e belos fôlegos nevoeiros que contrastam impetuosos o açafrão a nua índia e os pelos negros que se cosem por toda a parte formando uma cordilheira africana nas frases penso os dedos que pelo ânus martelam a visão entre as temperaturas e todo o sorvedouro de um lado para o outro tu és uma abertura onde meus pássaros voam e cruzam o sexo entre as faúlhas e a carne viva onde agora se encurvam os meus desejos unidos á pulsante riscada"

Luisa Demétrio Raposo

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Efígie


 "A mão quadriqulada ensombra-se as paredes leitosas o abismo disfarçado na insónia dos lábios provocam as rosáceas na luz retalhada ardendo em paradigmas a mente se transforma em calabouço onde se desagregam furiosamente todas as minhas pontes que me ligam a ti todos os exitares as faíscas abandonadas e todos os nossos restauros interiores incompleto o meu aqui sobrevoa e freneticamente recordo os fundos e todas as cenas da noite a treva e o silêncio de duas bocas que amam a soberba cratera côncava onde destranco o meu tesão e o teu hálito com a noite em cima a carne única embacia  o céu aberto á exaltação o caos  amadurece e ordena  á única demência o coração o grito por onde propagam os itenerários  e os ciclos barbaramente cavalgando entre o sangue corrente das veias maníacas e sedentas

Fornalhas  orçando nos olhos  sentindo afundar o espaço negro rebelde que dentro em mim floresce a tua boca o meu céu o interior da tinta em absorção dentro dos astros faíscando as aberturas do nosso beijo cercado o fundo subterrâneo onde as tuas palavras são os gatilhos fluídos e diálogos que em mim se resplandecem________________imagino o assombro no teu rosto na carne que em ti está viva  entre os improvisos gigantescos da noite que em ti corre corre como uma caçadora de sons e de gritos; as bocas falam nos improvisos de uma rota  em ribanceiras onde se desentranham os sexos esses túmulos onde nos entrerramos uma na outra e uma una á outra e ensaboamos os vivos gânglios e todos os sons que respladecem sobre os fluidos em marcha, ao fundo"
 
Luisa Demétrio Raposo