quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Efígie


 "A mão quadriqulada ensombra-se as paredes leitosas o abismo disfarçado na insónia dos lábios provocam as rosáceas na luz retalhada ardendo em paradigmas a mente se transforma em calabouço onde se desagregam furiosamente todas as minhas pontes que me ligam a ti todos os exitares as faíscas abandonadas e todos os nossos restauros interiores incompleto o meu aqui sobrevoa e freneticamente recordo os fundos e todas as cenas da noite a treva e o silêncio de duas bocas que amam a soberba cratera côncava onde destranco o meu tesão e o teu hálito com a noite em cima a carne única embacia  o céu aberto á exaltação o caos  amadurece e ordena  á única demência o coração o grito por onde propagam os itenerários  e os ciclos barbaramente cavalgando entre o sangue corrente das veias maníacas e sedentas

Fornalhas  orçando nos olhos  sentindo afundar o espaço negro rebelde que dentro em mim floresce a tua boca o meu céu o interior da tinta em absorção dentro dos astros faíscando as aberturas do nosso beijo cercado o fundo subterrâneo onde as tuas palavras são os gatilhos fluídos e diálogos que em mim se resplandecem________________imagino o assombro no teu rosto na carne que em ti está viva  entre os improvisos gigantescos da noite que em ti corre corre como uma caçadora de sons e de gritos; as bocas falam nos improvisos de uma rota  em ribanceiras onde se desentranham os sexos esses túmulos onde nos entrerramos uma na outra e uma una á outra e ensaboamos os vivos gânglios e todos os sons que respladecem sobre os fluidos em marcha, ao fundo"
 
Luisa Demétrio Raposo

 

Sem comentários: