segunda-feira, 8 de outubro de 2012

empíreas


dois cálices sobre a cama perfeita, e todo o seu atrevimento alcança. dissipam-se entre os cetins extemporâneos os genitais, esculturas que transmitem os arrebatamentos do meu e teu perímetro sexual.
à entrada, insularmente,as tonalidades purulentas dos tufos negros nos astros e mastros pubianos mudam o cio vibrátil e convulso ocultando a exterior a pele rósea, âncora e devorante, onde se empinam as línguas rápidas que metrificam o oxigénio transitorio do ventre a invadir incestos e um astro terreno a que denominamos quarto lugar, porque nos arrasta para o seu corpete aberto escrevendo em nós a seiva de um só mundo que aperto entre pernas, nas letras deste texto que bate dentro de um tempo o sangue e os instintos de um coração deitado num sitio forte.
o semén orquestra e invade ...

encharcando o silêncio dos nados lábios em circunferencias estonteantes
expiram absintos em pianos de um tranco erótico enclavinhado e desaparelhado sobre o dorso quente do pénis.
A. Àgua Ardente, torrencial apurando cegamente o coito nos canais gráficos em inumeros murmurios e travessias, bordões lucíferos, exaltados bailando em planas emanações.
vergam-se OS estouvamentos nas portas de um beijo, nas escarpadas de um desejo que nos trilhos de um fogo deixaram niquelados ás densidades em combustão...
gracejam-se pálpebras.
e os anis voam, balançando no soluço similarmente entre os sexos agora arregaçados num parapeito odorífero.
crescem as últimas transparencias antes da erosão entre os corpos, que se separam em histéricas respirações...

Luisa Demétrio Raposo

 


 

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