sábado, 20 de outubro de 2012



Na insubordinação dos meus dias, estou só e exilada do meu sentir, só!
Só e obtusa, na violência emaranhada, o sentir redondo, a destilação escarlate, o silêncio, esse monologo esconderijo onde os meus partos anárquicos suturam triângulos e saltos em atmosferas estuantes.
Estancada. Desarticulada. Mortiça, a cor confusa que plaina a História.
Grito! Encarniçando o sangue irresoluto. O desespero, a massa do silêncio. O ar que engole e reúne alcateias manipuladoras para em mim libertar tempestades.
Escuto-me, em circunvalação. A voz tecla… o hálito vertical.
As profundidades incontidas. A estátua do meu sal arando, ínvias ignorantemente...

Luisa Demétrio Raposo

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