sábado, 20 de outubro de 2012

uma greta em garbo





"Na maturação, os dedos ornatos, onde a carne se atiça, existem anais, a ingnição das palpebras na mente que arde. Lábios a horizonte e línguas que se devastam, no cio envolvem barro e o bárbaro lodo da boca que se dissolve na outra boca, dúctil.

...

[O meu acto é uma audição, transbordante, que não quero perder]

As coxas,
moças ínsulas, fervendo, convexas, no olhar difícil que se assoma nas linha nobres. A pele estala, oxida-se, entre os centauros nervos, essas massas maduras que despenteiam, tensas, as florações pélvicas.
Geme o cio, potente, alto. Pêlos, delineações abertas, sobre as resinas transparentes que pausadamente ensaiam na desarrumação, o silêncio.
Arqueija-se o colo fanático, gemendo. Defronte. no lamber intenso, as cividades balouçando, o espaço se alargando em hiemais. Os relâmpagos albergando-se na sêmola, interminável, o escuro onde a noite sombria vê crescente a saliva, numa exaltação de leite.
O Garbo. Poderio . Absinto, exótico, que se afunda, e me devora delicada, frenética, a vulva,
esse arco húmido.
Centígrada, a língua entra em contorno explosivo, atando e desatando as linhas estreitas da minha boca ao sexo, debaixo da uma fome que me come e me funde por inteiro, ao oficio curvo, a funda, tua, fêmea, esse pétreo sítio onde se de rama o leite no refluxo da Secreta forja, recôndida, onde um minado rio se mistura ao teu sal erógeno."

in Cassiopeia e o Jardim Separado/ a editar
Luisa Demétrio Raposo
 

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