quinta-feira, 8 de novembro de 2012

lepidopteras_____II


Ardem em mim todas as tuas pontes. O hálito ateando-as com a boca cheia de águas e hordas humanas, se curvam em desejos e arrancam todas as tuas portas enfrentando o nada no abandono do simples movimento das ancas. Teu rosto, maduro e estreito domina todas as minhas trilhas. Os regatos respiram a escrita, coalham em nossos laços. A raiz da de floração abraçada ao fôlego e á veia de mármore, esse Zeus que se despenha sobre as antropofagias.
Ânfora, em barro escarlate, nas desdobradas, a voz interminável dos gritos consumando os consumidos sítios. Teu beijo se desmata e o óleo cândido que nos aquece o som e se transmuda na matéria e um raio inebria a sephora visível de um orgasmo dentro da devorada. Os planetas pendidos pelo clarão dos nossos epicentros. Unidos. Entre as temperaturas, a lentidão e os aromas ordenados no só compasso.
Novos caminhares refazem a atmosfera em que nos deitamos, novos limbos, internos, novas palavras se encharcam e ao mesmo tempo traçam e se tornam translúcidas. O amor tombando em forma de água furiosamente sobre o interior, de abismo em abismo cada som sente cada porvir…

1 comentário:

Fernando Semana disse...

Feliz Aniversário. Votos de um dia pleno de sorrisos, flores e poesia... No meu blog (dedicado essencialmente à poesia) tomei a liberdade de reproduzir hoje a sua "Carta ao Meu Outono Magoado"
:)