domingo, 16 de dezembro de 2012

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"A boca alarga-se, no sugar dos veios, o sexo, desordenando os meus textos fálicos. Consumindo o falo, alojando-o no meu telhado húmido, onde o tesão esmaga o buraco contra o gosto, aquele que arde na foz da minha língua, essa malicíosa península que fixa todo o de leite: ida e volta.
Léxico o pénis, satura o amargo, nas ondas centrais, a boca, desdobrando o cio, feroz, numa imagem
dura, quente, pura, garganta a cima garganta a baixo comendo, dentro, uma lavra quente dentre a sua força unida e rápida, onde o branco, entre as letras é, esmagado.
Teu pénis, bebe, no fundo da minha garganta, roséceas e o longo marulhar que vem aos lábios numa só palavra…"

in CASSIOPEIA E O JARDIM SEPARADO/2012
Luisa Demétrio Raposo

1 comentário:

Valter Ego disse...

"no fundo da minha garganta, rosáceas e o longo marulhar que vem aos lábios numa só palavra".. isto é absolutamente lindo.