domingo, 1 de dezembro de 2013

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 As curvas afastam-se e deflagram fogo, alastrando-o para lá do limite que desequilibra a ordem viva do sangue. Das forças, as linhas agarram-se vivas. Entre o gozo. Entre a flora ininterrupta das larvas lanhas em eclosão. A dor serpente percorre-me dentro da escura lagoa negra, estrangulando-me a carne, desabotoando todos os sítios nus, arrancados ao odor intimo, em declive, onde o amargo se despenha e inclina, o mesmo amargo onde as vírgulas imergem, na desfloração das inúmeras bocas que um corpo feminino possui

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013



"As bocas, uma só língua, açulada, lambendo, bebendo, sugando os sítios, a saliva que brota de um solo, panteão. O texto, a memória costeira da boca em desequilíbrio, nos círculos nómadas, as cartilagens gemendo para lá das minhas cisternas interiores onde não se ouvem gritos mas tão-somente um amargo gosto a lanha e escuridão, na secreta via onde o paraíso vira noite e o sangue a desmata oblíqua entre a voz rouca que a pronuncia. A beleza de braços abertos entre o respirar cru, cíclame, aberto e desperto nu na boca que ferve e que ama toda a matéria explícita."

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Cartas Eróticas; Penis Astro para Roseta Genital

Roseta,
Que lambe e salga, intensa, no diluir do meu inteiro Astro, acendes-me, e onde a obscuridade infindável poalha no círculo que arde e onde tenho a sensação que se estilhaça o sulcar no abrir da tua esfera, redonda, húmida, descoberta … deserta.
O chão abre-se à curva dor ardente, às exalações da crua vulva, onde a água é um abrigo, e o suor entre massa do sangue, o milhafre que floresce em néctares que desaguam agressivos, sobrevoando-me por entre esse regato insuspeito onde se decompõe os gritos soltos, ajoelhados, de entre os lábios, acordados, que desafiam o meu sangue já ofegante.
Sabiamente, elevas-me a demolir todas as tuas áfricas, onde a fecundidade pontua e envenena-me. Animalmente.
Tragando-te, nos cinco, dedos, cinco balas em granito, em ti, precipitam-se e banham voluptuosamente o cio onde; em que me tomas e me entornas, nos baixios dessa coroa, calva, única, no gorgolejo da bica afectuosa, macia, lábios.
Anónima, a negra jubilação, e sugando-me toda a potência recôndita, carbónica, cega, entre a gadanha momentânea, devassa, atraída pelos rápidos que eclodem a cada pancada, tolhendo na terra inchada secretos deslizes, por vezes lentíssimos, por vezes bravios fechando-me em ti por inteiro.

Amo-te, na suada dos todos os elementos que na greta orbícula, entreaberta, faz gemer o meu esperma, no foder que jorra e preenche o útero, essa montanha que possuirei de novo, implacavelmente, no aplainar espesso do esperma que se fecha no lanço, no vermelho escarlate.

E penso... No teu cheiro, penso... E tudo se desata. Em mim. Unindo-me à cinta pequena, nu abismo da palavra sexo, o teu pequenino, tremem-me a mente, e do desejo escorre uma embrocação rumo ao delírio… o gosto amargo dos lábios que incendiam. O sal, duro, a salina a ciciar a carne, extraindo do lodo, tesão, que soalha, arde.

{Ejaculando
Lerica, langue mente}
Deixo-te estas palavras, no discorrer de uma erecção expressa e entendidas entre a ilusão fumegante, no sangue réptil, que vai demolindo, aos poucos entre as fendas todas as minhas efervescências condenadas...

Saudades,

Teu, Pénis Astro.



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

domingo, 4 de agosto de 2013

"Sou como o barro violento de um amanhecer. Não conheço as margens frias da calma, a minha carne é diferente, é uma contínua exaltação onde o sangue se desmorona e rebenta, completamente incandescente."
 

Luisa Demétrio Raposo

sexta-feira, 5 de abril de 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

 
 
 
A braguilha é um Atlas onde eu amadureço nas invisuais linhas quentes e me humedeço.
Abaixo um esquadro húmido e demorado, a portinhola tangível no esteroide fechado da sombra; onde ruminam frestas e um hipnótico baluarte, aquele que quando se lambe; range; estala; se lambe; e ele geme; e nele se lambem todas as enseadas ilícitas da respiração entre as sendas. Os lábios, felinos, na ciclónica cópula devastam as águas correntes das vestes excitadas. Cavando jugulares e sugando os corredores. Tudo.

A glande viaja, impacientemente em contraste anatómicos na boca, tensa, permuta, gulosamente na língua bastarda, serpenteia as nevroses e quase desmaia a cada solfejo, a cada braçada. A guelra se afunda e com ela todos os meus chiados e todos os teus limites a esquadrinharem os Astro marítimo que rebenta do emanar navegante.
Dos óleos surgem as tribos indígenas abrasando a glande portentosa, inflamando os encalços e a sagacidade alborcada na proa das meninges.
O pénis, a carne, o grande abismo maduro. A muralha pródiga da Alma. O corpo é um templo curvilíneo, um manual interminável que no cosmo foi á muito, despenhado.
 
 
 
"Existem em mim dias difíceis onde planto a carne em ereção na esperança de colher o silêncio oblíquo que mergulha no meu sangue disperso entre a vulva bebedora. O abismo arranco de dentro e é ele que dá luz aos poros do pénis que jorro pela carne aterrada e onde o meu mundo treme anelando em si a desordem e o caos numa floresta de tons e gemeres nus. Das palavras cifram epifanias ampliam-se as veias e todos os veios do sexo manicómio, hipnótico onde despertam todos os meus dias e todas as minhas luas turísticas. Todos os meus dias são lentes compridas que me devoram num intenso manuscrito onde o fogo permanente galopa ferozmente todas as águas que correm pela boca potente. O tempo é uma foda e a terra meus pés engole nas palavras erguidas no passear dos ventres onde a respiração líquen redemoinha e nunca escurece colocando degraus a cada pancada do meu sangue incandescente calcinando-me internamente os diálogos cilíndricos."

sexta-feira, 8 de março de 2013




Quando mi riferisco a raggiungere l'orgasmo non mi limito solo al sesso, anche se il sesso è tutto ciò che è all'interno della nostra eternità. Che cosa succede in India e Messico non è considerato molto meno sesso e un orgasmo, la violenza è crudo, nudo, lo stupro è già una parola che porta in sé l'abuso della libertà degli altri. Il grosso problema è che uomini e donne anche dimenticato che entrambi abitano in un altro esempio, ogni uomo ha una donna dentro di lei e che ogni donna ha dentro di sé un uomo. Ma sia dimenticato, si sono dimenticati del fatto che si tratta di un orgasmo.

Ogni volta che amo e sento tutto questo amore trovo in un altro orgasmo. Una madre di un figlio, si nutre all'interno di un Busting orgasmo e diventa infinita quando il bambino è nato, per qualsiasi infinito che sarà sempre tua madre. Ogni volta che l'adrenalina sale è l'orgasmo, la lettura di un libro come sensazione di orgasmi multipli ogni tramonto, ogni alba. L'orgasmo non è limitata al sesso e il sesso in modo che i miei amici dimenticati, la gente smesso di guardarsi intorno, non si sente più il sesso non è solo un insieme di organi, è molto più di questo e inizia quando due anime di cambio spazio, ben oltre la sensazione o guarda anche, il sesso è al primo posto nella chimica che ci lega gli uni agli altri. Il sesso è vita e l'eternità prolungare l'orgasmo. Purtroppo la maggior parte dell'umanità ha dimenticato questo e quindi ci sono abusi, i pregiudizi e le religioni inventate senso di colpa, in modo da poter ridurre in schiavitù l'umanità, ogni orgasmo che non riusciamo ad apprezzare e vivere stiamo diventando sterili, il nostro io, asciuga dentro di noi tutti asciugare e riparare se stessi intorno a noi, e la colpa, la colpa, senza sapere che siamo noi a non flusso, per dare vita a raggiungere l'orgasmo che siamo insieme.

 tradução do texto para Italiano por  Paolo Giovanni Rigoni

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

labilidade


“ A labilidade é a bigorna entre o teu sexo e a minha farra, a guerreira que salta das minhas palavras e que oxida a excitação na cabeça, lá onde, cresce o cheio monte.

 A liberdade na tusa rebenta em crisálidas orgias, e elas caçam-me entre os meandros órgãos. Por mais que eu lute, o orgasmo é o cavaleiro que percorre todos os meus matos.“

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


 
Era uma vez um rastro, mergulhando, vivo e quente. Era uma vez uma boca mulher na minha boca que entre o dedilhar ia comendo órbitas e gemidos.

"Os grifos nus ardem, aterrados e trémulos. O verbo é o barulho, no instante, em torno das palavras que não dizemos mas que em pontos paralelos sugamos.

A carne defronte com a defronte carne em braçadas se entrecruzam submarinas e eu renasço na tua boca, onde o mar se encurva e canta rouco, devorando-me na escrita que desenho entre a minha respiração narrativa, onde sinto o teu grande estuário e uma ponta acesa que me queima entre a boca e a vagina em floração. O gosto amarga raiando entre as madeixas, luzindo. Luzia álgebras nas lanhas lúbricas”

 Era uma vez uma vez e mais outra que se enche de águas quebradas e de um sangue quente que entra em mim, no grosso dos dedos, arduamente, e se esconde rápido ininterruptamente, recto e curvo numa só linha transpira e toca-me perdido na minha grande escrita que o devora, o imploro masturba-me, toca-me uma e outra vez era um vez até que a boca sôfrega apareça entre a roupa extensa e te desmanche em delírios brancos, por detrás das coxas em o lírios brancos que entre as ancas espertas que apertam e se infundam nos entras e saís encarnados onde a noite se exalta e a carne exposta neles se despe e veste num strip-tease obsidiado. Soberbo o sangue que me ama no meu mundo cheio de águas e cheio de regressos e onde delicadamente está deitada, indo o cio por todos os lados, pródigo.


Luisa Demétrio Raposo
in Cassiopeia e o Jardim Separado
 
 
«Scribo para foder ls cuntrafuortes de la miente, scribo la frema que s’upe de la lhegion perfunda i entra, rasgas todos ls rastros nas chamardielhas húmadas de l mundo. Fodo i scribo, ls caminos ardientes de l solstício de la madre que se ...manten sien paraige, a cada arrebento, las bocas retombos, ne ls sexos que tengo arrimados al cio, als beiços grandes, lhigando me las frases als gemeres ancumpletos de ls bientres que baláncian antre ls faroles, derruindo, biografies, sítios, i ls fuogos que le acértan d’andrento a las palabras peniales, spuostas, gordas, fálicas, i que cumpássian las fodas lhaboriosamente, que you gusto i que lhibértan l cuorpo de ls trilhos machos…»

luisa demétrio Raposo,
*tradução de Amadeu Ferreira para Mirandês

Quanto mais Hades m’ampurra mais m’antranho ne l Sol de l Sol, an sous dies anfíbios, de anarquie, ne ls zalhinhos adonde me bou a dezir.
L’auga debora me las selombras zlhumbradas ne l arco a que le chamo cielo. L aire, cuorbo, an mi ben a aparar. La chicha amar se abre nas raias de l cunflito delantreiro, nun buraco d’andrento, a que le chamo sangre mas que ye solo la forcada suidade. L silenço,...
maçcarilha, nun splicable, nas nubres huospedas de ls mius reflexos, nas abes ampremidas an fuolhas de eiodo, nas madrugadas que agarimo contra las nuites zambaraçadoras, nas fábulas i nas mies narcóticas frinchas, acarinadas i an outros buracos meiabiertos…
L retombo, la piçarra de l cheiro, i an beladas ls mius dedos abiertos ándan cumo las ilhas çfaiadas an çtroços cardíacos, na amploson lhemite de las milhas ne l peito sonhámbulo, cubierto de selombras i adonde la lhemnráncia caliente de l tou rostro que me girou, eilhi, adonde nun eisísten delúbios, mas solo afetos…

Quanto mais Hades me çfaç, mais you m’antranho ne l çpedaçar que you sou.

Luisa Demétrio Raposo
*tradução de Amadeu Ferreira para Mirandês

The red has thorns. The madness. Chasms in vent and i a blind hole taht opens and closes the poemas in range. Archote eroticism is present in me. Slowly climbs the red puff to violently pleasure runners who cohabite within, here!

Bring the sex on fingers and groin in flame, lighting and deleting as major lighthouses. I like the feel    in each of my fingers.

 

In Breath of things
Luisa demetrio raposo

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

a_______________VULVA


 
A vulva, é um banquete mamífero onde se desincorporam itinerários húmidos, entres e sais; desapertados ângulos que a penetram ainda febril, no entra das coxas, desertas.
A vagina é uma biblioteca, una, onde as línguas se auscultam e desla...çam em palavras suculentas que oscilam entre esse mundo turbulento. Seu suco nos absorve na reconciliação dos pulsares, nómadas, onde os Deuses se desintegram.
 
A vagina procria poesia nos seus roncos e espasmódicos sentidos, no seu crematório selvagem, sígnica, a vagina é uma arena onde todos morrem por fogo ou afogamento sobre as resinas transparentes que pausadamente ensaiam a desarrumação, o silêncio, na saqueadora abertura ou a abertura saqueadora que rasga o silêncio e nos consome na plenitude dos movimentos, nas suas imersões anais onde a palavra é o raio da transformação e configuração humana. Florestas pélvicas, fodas entre os centauros nervos, essa massas maduras que nos despenteiam, onde o cio geme e o pénis se assoma e onde a glande pele estala e se entala.
 
Ahhhhhhh!... E a língua fêmea!?
 
Suga as fuselagens a horizonte, nas viagens proxenetas que humidamente se atola no escarlate, nas profundidades, forquilhando sopros, e estendendo-se impaciente entre os lábios, grandes, respirando e esperando os néctares que se atraem e se abandonam infatigavelmente.
 
A vulva é uma governanta, comanda os ziguezagues torvelinos e ceifa as labaredas e seduz os amantes extenuados, quando se lançam entre hirsutas batalhas secretas, imitando o gorgolejar da vagina felina, e nela se descalçam e refulgem nas narrativas e colidem, colidem, colidem, desgovernados no incorrimento uterino, entre as visões orgásticas, totalmente embriagados permitindo óperas e pousios, mergulhos e absintos alucinados.
As fodas são um conhaque e a entrevista que dilacera as gargantas e os sexos em seus beirais pubianos, a volúpia de um manuscrito húmido, quente a exibir-se_____________Na, Vulva!

luisa demétrio raposo
in Cassiopeia e o Jardim Separado
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

neste texto____os poemas abrem as pernas



 
Nardo é o meu sentir na sua atmosfera, um incompreendido instante entre o rosto aberto, nas palavras quentes que se debatem entre o rosto subido de um corpo fundo.
Hipnótica a luz de um olhar aberto sobre um relato sem poros e sem pálpebras…

“A boca espera devagar os lábios. Os lábios escutam lentos o movimento molhado dentro do fogo que continuamente enlouquece e se senta no meio das florestas de carne a que chamo janelas. Os grandes lábios gemem e a boca que se abre, gr...
ita e se rasga em cima das minhas explosivas queimadas. No avesso. O sangue pula. Cego. Faminto. No desejo recamando as imagens. Aos golpes. Cego. Onde os ventres roncam entre as saídas, onde o pensamento dá nós aos buracos e ainda, onde o reflexo das mãos remexe as montanhas e todas as carnes desarrumadas; os poemas abrem as pernas; aberta, a minha vagina ás nuas viagens; nas duras palavras que transformam e endurecem o cio; que me enlouquece, penetrando pela folha de papel e saindo pelo meu, Eu, adentro.
Nossas bocas, duas aberturas cheias de línguas e um mundo interno de sais. O sol entornando os sexos e os aquecendo no escoar das húmidas torrentes difíceis. O limite cresce e se desabotoa, num erótico golpe, o ferrolho por onde tu me desejas cega na vertical”

in Cassiopeia e o Jardim Separado

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


"Escrevo para foder os contrafortes da mente, escrevo a fêmea que submerge da legião profunda e entra, rasgas todos os encalços nas labaredas húmidas do mundo. Fodo e escrevo, os caminhos ardentes do solstício úterino que permanece ininterrupto, a cada eclodir , as bocas ressonâncias, nos sexos que possuo encostados ao cio, aos lábios grandes, ligando-me as frases aos gemeres incompletos dos ventres que balouçam entre os farois, demolindo, biografias, sítios, e os incêndios que alvejam de dentro das palavras peniais, expostas, grossas, fálicas, e que cadenciam as fodas laboriosamente, que eu amo e que me libertam o corpo dos trilhos machos…"

Luisa Demétrio Raposo
in Cassiopeia e o Jardim Separado

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ao espelho. a Alma vê raizes. e o seu sopro pêlo





O mundo fere-me e eu, em demência imagino tantas vezes poder deixar a carne e alimentar-me somente nas minhas palavras, das palavras enquanto larvas. imagino-me a riscar o sangue, bravio, entre as mãos e o fogo, sonhando sonhando... transparente, avançando pela solidão imagino a minha loucura descoberta entre palpebras densas e negras, expelidas pelos circulos entre o sal e o sangue fundo dos troços na água a raiz que aprofunda as explosões abertas entre as ameias que na minha língua ocultam o fora da terra e que no meio da carne irrompe as noites no meu buraco inteiramente vivo”

luisa demétrio raposo