terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ao espelho. a Alma vê raizes. e o seu sopro pêlo





O mundo fere-me e eu, em demência imagino tantas vezes poder deixar a carne e alimentar-me somente nas minhas palavras, das palavras enquanto larvas. imagino-me a riscar o sangue, bravio, entre as mãos e o fogo, sonhando sonhando... transparente, avançando pela solidão imagino a minha loucura descoberta entre palpebras densas e negras, expelidas pelos circulos entre o sal e o sangue fundo dos troços na água a raiz que aprofunda as explosões abertas entre as ameias que na minha língua ocultam o fora da terra e que no meio da carne irrompe as noites no meu buraco inteiramente vivo”

luisa demétrio raposo

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