quarta-feira, 15 de janeiro de 2014



"A dor é a longa silhueta, a ponte onde a carne suspensa caminha, isolando frases. Ela é o beco que persiste e que não deixa chegar a finitude a tudo o que escrevo, é o instante que tenho, sempre, o lado transbordante onde me sento todos os dias algumas horas à espera de um Deus que persiste em não existir, no tempo que nasce irmão do outrora onde eu era movida pelas areias de outros livros, pelo impulso invencível de sonho. Hoje é o vício de escrever em lume aberto. Aqui abro-me aos dias."

Luisa Demétrio Raposo, 15 de Janeiro 2014

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