quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

"Na riscada da água eu sou a mulher e o meu sexo é um lobo que persegue o lado de dentro da floresta escura, estrangula-me a carne, desabotoando-nos os declive, o sítio amargo onde se despenha e inclina, o mesmo onde a vírgulas imergem na desflorestação das inúmeras buscas que um corpo feminino quando caça.
A ceifa nos lábios dilata o arpão para poder saciar argilas e a desenfreada água devora os escarlates numa violência que salga todas as nocturnas ventanias."
Luisa Demétrio Raposo, 9 de Janeiro 2014

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