quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

a passa_ralha




Um beco lento incindido sobre o sexo infindável e quente onde a língua escreve sombras à procura de um deus.

O sémen aceso dentro da saliva fresco à espera de correr. A carne suada das fúrias que exterminam o caule aveludar do reverbero.

A passa_ralha e descobre a parede sentada e crua. Senta-se a lacrima na punheta junto ao sulco  sítio.
 
Pulsa o nylon e desperta o cio em suspensão soerguida. 

O estelar vermelho nas nervuras; a esfera rachada e pegajosa ilida e recita na clareira da brecha rente ao alfa beto ao cheiro da água onde o fogo lava a fulva vazia.

Chove e não há alargar sem a dor. Abraçá-lo-eis. A doer na desmoronada travessia.

 É noite junto aos pentelhos amachucados à pressa. Em pleno voo inquietos em babas e lábios pernoitam os sexos o universo e o sangue aquecido que escreve pelo corpo insula e cardos formas e um longo arrotar demora-se.

Nunca escrevas aqui com um outro rio só com outra febre no porto e que se entorne pela imagem.
 
in "al mojanda"
 
Luísa Demétrio Raposo

Sem comentários: