sábado, 19 de julho de 2014

"a brasa o espaço a visão e a sua execução atravessam a carne para alamar a escrita.
desapareço afogada no céu ortográfico. é inútil escrever sob o sexo e sob os arredores porque o engate semeia-se a estibordo a desaguar os fluidos-sémen;
a grande nau, o prepúcio lambe a caligrafia impedido o afastar as raízes e na boca queimando-me todas as direcções, um pénis cai do papel para submergir ruas inteiras.

a página sensível à miragem recente do poema, salvar-se-á quem nela se despenhe."

 

retirado do meu livro "Ammaia"
Luísa Demétrio Raposo
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