terça-feira, 5 de agosto de 2014

a mariposa é uma racha no vício da acidez que bate com a língua na pele perpendicular obliqua fria líquen no balbucio dos ciclos pegajosos de um vil usurpar que incita bebedeiras e onde a fuga é sempre a falésia, o miradouro, a avalanche que se dilata procurando alinhamentos fundos na tempestade labial que a atravessam.
do sol simples orifício, dinumeram-se que as serpentes possuam a língua que golpeia o estreito golpe onde o adverso é um pequeno interior húmido e escuro mas onde as mãos e a mente escorregam. a abertura da palavra é uma pendente madrugada.


Luisa Demétrio Raposo



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