sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Eu quero.
Quero um deserto de espessura longa. O calor que provoca fogos e tudo o que se engole no gole do lume e que cresce na minha flor interior, onde as sementes são rugosas e os veios incham o sumo que escorre pela língua ao fundo de entre o lodo, na vulva, a mata sinuosa onde sexos consomem baixinho no flutuar imutável da espiral.

Luisa Demétrio Raposo

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