um inferno é o que separa-me do mundo. é um demónio que rasga-me nos outros, sempre, sempre.
a natureza esbraceja e no barulho não há nada pior que ter que ser antes de escrever.
o corpo, ausência, sem universo entre o papel e a tinta atenta que chama a atenção obscenamente larga.
não temo o lume nem arder no fogo agonizante das labaredas, escrevo o inverso dentre o conflito da carne na arte.
Luisa Demétrio Raposo
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