segunda-feira, 29 de setembro de 2014


 incêndio a intempérie a violência que transforma em margens o cemitério que me habita e onde somente o eu-deserto ressuscita. o grito a língua contínua mata quebra e extermina. a tempestade ascende ignóbil na demência o ser o ter e o sido embrulham-se-me. afloração monstruosa vem dum raio fundamente. Sol a violação o sangue em composição longa e larga na decifração e faz a carne obesidade grossa de um defecar inominável. ergue e estanca o só finito.
Luísa Demétrio Raposo

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