sábado, 18 de outubro de 2014

A capa do meu novo livro VERMELHO al mojanda, que assinala o equinócio e a celebração do meu 41º aniversário.
É um alimento ofegante para amantes de literatura viva; pulsando...!

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014


É preciso lubrificar as aberturas onde se entala poesia sobre cercos minados e deixar vibrar qualquer tipo de brecha. Deixar as vaginas falar. Ânus, deixai-vos penetrar.

 O alcance é um cotovelo carregado de ossos que nos atulham os passos. É preciso transpor todos os potentes muros. Governai desorientação na obscuridade os verbos literários que não passam de cabeças. Desorbitar a escrita. É necessário sair da acomodação e deixar a Poesia fornicar até que a carne escreva a contradança de todas as orgias, o sangue geográfico que preenche o pénis entre as raízes húmidas de entre a vulva que amamenta a escrita.
Luisa Demétrio Raposo
foto Irving Penn,  Bottom

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Bestial a boca fermenta e deflagra vícios. Curvilínea arde em milhões de palavras furiosas e mistura as frases desembestadas entre as forcas da carne em apoteose. Oral o coito a tempestade que o cio indecoroso semeia. A erotização diz a respiração e eu ao meio do risco violento. O sangue em bosque a emergir. Possuir o mundo e transbordar ao dar vida à crosta e pertencer por inteiro aos vigamentos garganta abaixo. A vulva, negra, penitente precipício, nada entre os improvisos, o sémen cai e só é morto.


Luisa Demétrio Raposo
retirado do livro dos contos