Um coração é terrivelmente cru entre os nós da carne,
pulsante e repulsando um abismo animal, o escuro revolucionário que incha sobre
a risca do sangue execrado. Alcarsina, mão viúva que afunda o decurso violento
em caligrafia e narra pela página um regato e o pendura e eu só mato.
O ímpio
atrai-me na revolta mutilando o uivo sifilítico que anódina busca-o aumentando
o seu volume na carne.
Do ferrolho o vermelho range o engate e expande-se ao
céu. A água força o gemer e ardina poça despenha-se entre as pernas sob o texto alquebrado.
Luísa Demétrio Raposo