sábado, 27 de dezembro de 2014

Ao fundo da calçada a rua estreita-se e dilata. O olhar cadafalso o ritmo admite. A foz silvada preenche as calças. A braguilha mão-dentro e o largo a erecção grossa da prosa masturbam violentamente. Entre a pausa o músculo o pénis interdito alastra. O sistema desarruma eriçando a curva e do inferno entorna-se a água de entre marginais uivos dos pentelhos em erecção que veneram e movem-se a fim de gladiar. Depois, a derrocada, a morte finita, e basta.
Indigente o animal que sai nu no olho incentivado pelo escuro a ofegar abundancia na palavra dita em voz baixa.



Luísa Demétrio Raposo
In AMMAIA

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