Ala mada
"O tremeluz a humidade da rua sobre, acende a inocência do soalho.
Embate na boca. Arde pia de entre o sexo meio aberto meio penetrável; a exasperação
nua ao fascínio eclode; sobre a pele, levanta voo, um pássaro e vagueia-se pelo
travo a língua. Marulhares, às nuvens devem perturbar. Ousar rejeiras a cal à
aberta que conheço. A vulva a liquefacção onde todos os pássaros húmidos pousam
a deliquescência a boca e o poema existe em simultâneo languescer. O sentir
naufraga. O cais. A lentidão sobre a transumância: escreverei. Fora de ti. O
corpo ave: o grande interior, um excesso que desliza, por vezes sangra e
coincide com o cretone aterrado. a embriaguez
é um desvio inacessível, e penso em nada desaguar…"
Luísa Demétrio Raposo
* a foto é retirada da net, desconheço autor
1 comentário:
Bom texto!
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