A
vulva é um escrito de entre um deserto violento, um orifício bárbaro, o contorno
safra, a carne improvável que renasce leituras e que a boca desmata na imagem, incidindo sobre o sexo infindável e quente onde a palavra lateja e escreve sombras até encontrar circunstantes. Fode-se, bebe-se
de entre eruditos pentelhos que atracam as
seivas co) abertas, no lamber absorto ao lume que orbita no orvalho a meio das
coxas.
A
boca é toda uma serpente que no sexo se arrastra ora depressa, ámen, orando
carpia a carne erecta, masturbando-se na saliva e ascendendo o rastro das águas
obducto de hóstias ou de sémen. Na conflagração prossegue com o texto, na
micção a narrativa é fraga, um acanhonear laranja ao encontrão e do pretérito
arvoa o gemido letalmente, deixando-nos a paz.
Luísa Demétrio Raposo
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