quarta-feira, 24 de junho de 2015

Eu gostaria que tudo o que amo o fosse simples, e simples gostaria eu de ser também.
Sou água ardente onde há regos desabridos em excessos. Há neles quebranto e furores e a inocência que avassala deleite dum. Há em mim vida e há a semente que se instala e que rompe na carne o imortal que cresce nardo e depois de cativo ao alegrete, colhe-se na certeza de um atrevimento. Há a ponta das águas, o esperma que se atira e avança em detrimento do quem o lê na sobranceira. Há coitos...
e há os coutos. Planícies rodeadas de curvaturas e regaços que se vêm em posições diferentes, contra, no movimento dentro da sonância vazada em fiada. Há palavras que a minha boca não consegue pronunciar, mas que separam as coxas muito idênticas à delinquência que alarga com escrita a semelhança entre as virilhas empolgantes e absolutas.
Eu sou e me quero sem ambições brutais, absolutamente fiel ao que rebenta do meu sexo.




Luísa Demétrio Raposo
* 24 de Junho 2015

Sem comentários: