terça-feira, 7 de julho de 2015

**

A boca alarga-se, voraz, quando acariciada em carne mutua. E arde em fúria entre o domínio das interrogações que correspondem ao escancarar. A curva ofegante. A ambição de posse orla a tempestade que o cio intérmino semeia. Na respiração. O sangue em bosque a emergir, impresso e rumorejante, liga haste à seiva, inclinando o sexo faminto ao lumaréu, e do quase nada se despe quase tudo...


Luísa Demétrio Raposo
*julho 2015

Sem comentários: