quarta-feira, 14 de outubro de 2015

acerca do abominável dia mundial do escritor.

Um escritor não é uma vedeta, e escrita é outra coisa completamente diferente. O escritor não tem dias definidos, nem horas. Escrever é uma vocação. Um sacerdócio, e nada tem a ver com poses engalanadas nem com o nobiliárquico e de certas merdas de quem não sabe construir sombras, porque a escrita requer muito sacrifício e dedicação por inteiro, e para se ser escritor não basta só parecê-lo, tem que se ser, e isso é muito difícil, custa muito porque um verdadeiro escritor jamais se vende ao sistema, um sistema corrupto e medíocre que só se preocupa com o mercado (dinheiro vivo), um sistema merdoso onde as grandes editoras são o maior inimigo da arte da escrita, são elas as únicas responsáveis pela prostituição, sim porque não se pode chamar outra coisa num mundo que se fala de “literatura”.
Um escritor jamais teme outro escritor. E quando isso acontece é de ir ao vómito tanta mediocridade.
Há ainda que falar nos badalados prémios literários, que deveriam ser extintos do sistema. São uma aberração, prejudicam a literatura e só servem para criar “ninhos” e dar continuidade a séquitos “editoriais” e “caganeiras”.
Escrita é muito subjetiva e é impossível de dizer que este é melhor que aquele. É uma treta que só serve para alimentar elites, e o escritor não precisa dessas merdas, precisa é que acima de tudo que o respeitem. Infelizmente existe uma tremenda falta de respeito pela arte e por quem a exerce.



Luísa Demétrio Raposo
* 14 de Outubro 2015

1 comentário:

YellowMcGregor disse...

Tal como ALA, podemos questionar: “Pergunto-me se um homem que nunca fodeu pode ser bom escritor”.