quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

sábado, 24 de fevereiro de 2018

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

O sangue selvagem entre os astros em potência. O sexo aberto ao sol, à mão direta corta. É tempo de transformar uma necessidade no imprescindível. A boca interroga a fundo, é urgente meter a língua em aberturas onde se entalam os poemas e permitir escrever, transpor tudo ostentosamente, desorbitando a literatura da merda que nela desenha cicatrizes, decapar a acomodação a fim de permitir pelo meio uma erecção até que a carne foda tudo o que preenche o limiar da decadência.
É tempo de regressar. Ser a tempestade.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018


A velocidade do movimento em explosão destrói a pergunta que tudo em mim esgota, olhos de fêmea, o pulsar, a mente que sente. Ramais maduros.

Na ponta da língua o acido depósito, a soma do carvão no cigarro.  

Nós, múltiplos, excessivas vozes. Eu, o dia que quebra, se formos a noite quando diriges, calada, a balaustrada. A ponta do sangue que a morte anula. A língua correspondente, quer, queria desenvoltura, a pele e o que se mistura ao beber da entrada.

 E tu só pensas, aquela desordem, atirar o sexo pelo seu.

O dentro intolerável. O mesmo lugar em ti, a febre de quem sente tudo e assinala táctil, a pontualidade do ferro.

 A boca de mãos dadas. É natural o que sinto, e o tudo o que sei aflorara em rasto espesso. Senti-a.

 Façamos nós, foder. O sexo de encontra a exterior. Incoctível e avassalador. Mutua posse, o incerta ao, decerto cair, invocar ou talvez não, à pouca gravidade da calçada em absoluta naturalidade, revelando todas as coisas práticas que em hora de conflito e recíproco calor, roçagam fisionomias a extraforte.

O meu fogo não acende cigarro, é detonação. O sol de um mundo sanguinolento que arde, desobedece, contém hostilidade e uma transpiração pesada.

É necessário separar a mulher da escrita, desaparecer sem recurso a qualquer tipo de piedade.

Sangrar. A carne entre a tempestade.  Os relâmpagos colados à testa, uma metade contra a outra.
* "A sétima Maruanna em Patallou", 2017.
photo, José Lorvão.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A Mulher Vulva


Eu, no ensaio fotográfico, "A sétima Maruanna em Patallou", do fotojornalista, José Lorvão, 2017.
A palavra é sempre e cuja função é repelir em relato aberto, a desordem, o rebentar natural das coisas.
Dentro do corpo o corpo, exposto, húmido e escarlate. O lí­quido abrasador, a passarada.
A respiração entre a caligrafia toda e ela pertence-me antes da chuva nos poros em milhares de amoras. O meu poder, e o poder em todas, a energia da Deosa, a Vulva jamais é o patamar a  roda, a marcha restaurada dos pentelhos aparados. NÃo. O poder de uma mulher, da energia feminina está em dissolver-se sem rasto, está no seu movimento rápido, severo, nos recurvados assentos e, lona. Baixinho contra, incomparável até. Está na ebulição total das coisas que salivam e dilatam e desajustam as pregas na sombra, encorajando-as de súbito ao salto, à pressa retesa do musculo exposto e bater,  ágil e transparente até vomitar novos ofí­dios.
Luí­sa Demétrio
*a photo, Eu, é do Fotojornalista José Lorvão, ensaio fotográfico, "A Sétima Maruana em Patallou", 2017.

sobre*

Um texto escreve-se para fornicar. O vasto mundo, foder uma duas ou três à mais pequena impaciência.
Pentelhos, em cardumes pelos erógenos. A plumagem dos animais argúcia não só ao abismo como suporta toda a boca na fundura da fonte. Entre a marginalidade das clavículas, encaixes, e o adro.
A boca quando bate na ponta, à gaita não se deve prender, muito menos embaraçar porque vitima. Em circunspeção, deitá-la sempre fora e declinada e a concurso, lamber-lhe o bolor que a troneia, e que outros decerto pelo contrário e sem demasiado esforço, fecharão mal presa até ao último milímetro, às escondidas por mão bem segura, e reinar em redor com a calda já moída em monção.
Haja sem risca a língua acostumada, hiperbólica ou então não vale a pena juntar os dois pés ao sexo desobediente, entre buracos aonde repousam repensam oscilantes a fim de bombar dia e noite e cujo dorso bomba alumiando as entranhas entre, a vida e a morte, o fogo que espanca a acetosidade.
O sexo é latino, a glorificação, Deos Foder.