segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A palavra é sempre e cuja função é repelir em relato aberto, a desordem, o rebentar natural das coisas.
Dentro do corpo o corpo, exposto, húmido e escarlate. O lí­quido abrasador, a passarada.
A respiração entre a caligrafia toda e ela pertence-me antes da chuva nos poros em milhares de amoras. O meu poder, e o poder em todas, a energia da Deosa, a Vulva jamais é o patamar a  roda, a marcha restaurada dos pentelhos aparados. NÃo. O poder de uma mulher, da energia feminina está em dissolver-se sem rasto, está no seu movimento rápido, severo, nos recurvados assentos e, lona. Baixinho contra, incomparável até. Está na ebulição total das coisas que salivam e dilatam e desajustam as pregas na sombra, encorajando-as de súbito ao salto, à pressa retesa do musculo exposto e bater,  ágil e transparente até vomitar novos ofí­dios.
Luí­sa Demétrio
*a photo, Eu, é do Fotojornalista José Lorvão, ensaio fotográfico, "A Sétima Maruana em Patallou", 2017.

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