quinta-feira, 18 de março de 2021

 

O enxofre amargo ensina às letras o soterrar impercetível. Acaroa-se. Imagina-se e lambe-se toda a explosão que detém o sémen acorrentado, mudo no interior do corpo que se masturba a cada debruço que respira e grulha. O prepúcio que a boca suga, as águas lambem e pela negra engolem tudo na revolta doada da língua em chama lenta, o repetir dos planos em rodapé. Ele geme. E sobre os lábios a pauta escarlate aquece a pele dos veios que se refalsam de entre a intensa chuva que sai tateando todo o dorso anima. A palavra húmida no desejo projeta-se, a terra, aquessa acende a necessidade estendida. Renascem lodos. O sexo desaperto o sangue. Desintegra-se a braguilha, a imagem ergue o pénis que repousa à sombra soerga. O escorregar alarga o corredor e da boca onde o sal anda sobre os gemidos, sugam-se paridas que um céu contrabandeia de entre o precipício recortado do lábio ancorado ao porto que tropeça nos enormes pentelhos.


ldr

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