
Matei-me á sombra de um rochedo macilento,
Constelado espaço, à chuva e ao vento...
Enterrando-me nele com o meu tormento!
Só meu espirito ainda vive,
Num fixo inexorável pensamento...
Ao alto de uma charneca ouve-se;
A minha voz secular e aflitiva!
Meu vulto inulto que passa,
No grito da alma aqui cativa!...
Como se eu ainda fosse alguém,
Como se ainda fosse, luz de dia, vida !
Na inominada luta de ninguém!
Alma vasta que em fogo se embriaga!
Pudesse eu ainda arder no incêndio de alguém!...
* imagem retirada da net
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