sábado, 12 de março de 2016

cápsule

(...) O homem urina em pé, contra as paredes. Urina contra, e de encontra as latrinas provocando um derramamento e a transmissão de tinta e outros pigmentos aonde pertence, e está escondida a grande dimensão em jaula.
Contra o útero, só um rápido seguro arranca violentas confrontações que contemplam profundamente, e que nos são instintivas por natureza. A normalidade é uma masmorra. Pernas abertas conduzem à libertação, a uma orientação faminta que transformam todo o interio
r ao ser renegado, colocando a vida a interior da carne.
As calças de um homem entre a multidão são um rapto, e vai-se lá saber, a coisa está viva. Hirta matéria. Eis por detrás o animal. A captura. Agora, imagina-o a desempenhar o papel de Deus sobre o instinto. A lamber na vulva gotículas viscosas feitas à mão. A nadar em novidade e a coberto pelas ondas que marinham, a lama que do ventre escorre. Depois. A fornicar entre as mamas, pássaros. Fornicar entre axilas, o ópio, verdejantes campos verdes. (...)



Luísa Demétrio Raposo

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