
Solto de corpo, forte trago posto a nu!...
Displicente,
Um cálice de Porto.
Aquele a quem não minto, onde o sentimento de mágoa é simplesmente um acto de esquecimento;
Esqueço quem sou, esqueço quem tu és e ambos esquecemos o que aqui estamos a fazer, fundes a minha ilusão, tornaste a ilusão, sendos meu vives a história como um dramaturgo que em mim adormeceu e sonha que está a viver o seu próprio final amargo e doce, sabendo que o fim inebriante, escorre devagar gole por gole pela garganta acariciado, submisso, envergonhado, absorto... meu cálice de Porto;
Mais que o melhor dos néctares, a minha boca seca num querer , num trago fundo, só pelo raro gosto do vicío, o teu cheiro, o teu sabor preciso de veludo na maciez que vem da boca, da somente minha siena e pálida embriaguez...
*foto retirada da net
3 comentários:
Eu bebo um copo contigo...
Jinho
Jorge
A nostalgia do texto, não fosse a razão pela qual se escreve, é tão linda!!!
Um abraço
Na entrega o amor perfuma a vida, palavras que se escondem em silêncios cúmplices de um entender que só o corpo e a alma sentem. Bastante sentido este teu poema.
Um bjo
Fatima
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