"A mão quadriqulada ensombra-se as paredes
leitosas o abismo disfarçado na insónia dos lábios provocam as rosáceas na luz
retalhada ardendo em paradigmas a mente se transforma em calabouço onde se
desagregam furiosamente todas as minhas pontes que me ligam a ti todos os
exitares as faíscas abandonadas e todos os nossos restauros interiores incompleto
o meu aqui sobrevoa e freneticamente recordo os fundos e todas as cenas da
noite a treva e o silêncio de duas bocas que amam a soberba cratera côncava onde
destranco o meu tesão e o teu hálito com a noite em cima a carne única embacia o céu aberto á exaltação o caos amadurece e ordena á única demência o coração o grito por onde
propagam os itenerários e os ciclos
barbaramente cavalgando entre o sangue corrente das veias maníacas e sedentas
Fornalhas
orçando nos olhos sentindo afundar o espaço negro rebelde que
dentro em mim floresce a tua boca o meu céu o interior da tinta em absorção
dentro dos astros faíscando as aberturas do nosso beijo cercado o fundo subterrâneo
onde as tuas palavras são os gatilhos fluídos e diálogos que em mim se
resplandecem________________imagino o assombro no teu rosto na carne que em ti
está viva entre os improvisos gigantescos
da noite que em ti corre corre como uma caçadora de sons e de gritos; as bocas
falam nos improvisos de uma rota em
ribanceiras onde se desentranham os sexos esses túmulos onde nos entrerramos uma
na outra e uma una á outra e ensaboamos os vivos gânglios e todos os sons que
respladecem sobre os fluidos em marcha, ao fundo"
Luisa Demétrio Raposo
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