O sangue oculto, caliginoso da palavra que oralmente
é escrita e é lambeada à sombra pelo ogro que me resgata ao coloquial. A bestialidade,
silva a safra retém. O solferino sobrechega agora e eu, um abisso inferno, o momento
em que o corpo morre e tudo explode.
E serei, aqui e para sempre, sem noite, sem dia, dia
sem noite, e sem um fim, mas tão-somente o que ampla e habita-me.
Imorredouro, tal
como um início onde se vive milhares de vidas em uma, só. O averno que suplanta
pressa e se torna o lugar vazio do poema do qual já se perdeu há muito o
endereço.
Submergir nos temas escritos e das palavras que
arvoam no papel que, ora morto ou vivo dita imparável a máquina que pensa e
enclausura-me.
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