quinta-feira, 11 de outubro de 2012

absintos] dois pénis empinados



Cômo um  pénis a sela  de um  (outro) ânus coleccionado em incêndios purulentos. Um par de sombras no auge engomados, no silêncio dos pentelhos nus onde os cios estelares entram e auscultam o pénis em chão delirante. Os moinhos, cordilheiras em falésias transformam as confidencias excêntricas e antecipados da insaciável mutabilidade de um cativeiro epidérmico onde tridimensionalmente ambos os desvãos balançam em transições destemidas...

as mãos em gomos fundeiam a cabeça e os anseios abocanham nas palavras o litoral fertilizado das mós giratórias num desembarcadouro.

invertidos, os pólos espiam o reflexo dos lancinantes pensares. Os lábios imponentes do Pénis em brasa na demarcação embalada. Erógena. Ilimitada. Incandescente. Rastejante. Magnetizando. Aborígene como todos os Pénis são quando unos,  iluminados na cordoagem fatídica de uma imagem forquilha, num rio aceso, nas alfaias exaltadas da inóspita noite.

Aos pares os dois misturam insubordinações vigilantes no cavalgar amplexo que emancipa os sexos negros batedores que libertam as circunferências das madrugadas silenciosas, o sémen liquido em gemas libidinosas que escorrem sobre a gravidade de um lençol pêndulo.

orgíacas eternas de um tesão fresco nas espirais das púbis negras onde ascendem rizomas reservadas ao corrimento interno das erecções emigratórias de um Pénis inexprimível encastoado sobre ogivas pontilhistas e incessantes... de um ânus carnal onde se escoam as escritas e quentes braças paralelas em  catorze persas…

 
Absintos________seguidamente o tempo viúvo do espaço fluvial das nómadas e multiplicadores rugidos explodem no sémen fascicular, no entrecruzar das nádegas colando em álamos todas perseguidas antes desabotoadas...

 
Absintos________gigantes nas florestas púbis, abertas uno ao outro nu outro manuscrito lastro onde eclodem mordeduras e erógenas miragens turvas






Luisa Demétrio Raposo
 

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