A
vagina rasga-se porque tem um espelho dentro. Cortante e a dilatação dos dias aos
quais eu estremeço. Arde a região e a musica é uma bala de poro em poro
ferrando os lábios, soldando o meu corpo
minado e matando a escuridão em mim outrora morta. O sangue luminoso, pulsando entre as estrelas e
os dois menbros que cravados vou recebendo. Um pénis giratório, um coração
cheio, um pedregulho, estanque na vertingem de um espasmo que juntamente esmaga a massa e retira ao ar
um rasgão; duplamente sou devorada por palavras
rapidissímas, selvagens e desabrochadas. Martelos de pedra, que desentranham
em mim uma vontade alta, embocaduras, silêncios das traqueias ateiam o centro e
os ascendentes de todas as tempestades prematuras.
Se rasga o ânus sobre a esférula de quem em
mim grita, sucessivo e atinge um auge e ainda outras coisas maiores.
Por detrás se reviram gestos e o espanto recamado atinge o ímpeto e
outras massas maiores, de vida lenta, explodem. Sente-se a dor dispersa e um se
lugar estabelece
Fecundo na sua crua clandestinidade.
o barro violento de um amanhecer,
irrompendo auroras que nos dois
incandescentes tumulos absorvem e me
apertam até ao bater dos pulmões, onde a
noite colocou um degrau e o golpe que
ainda freme numa outra imagem muito mais
larga, central de um ferro em brasa entre as persinanas das costas e que se
vai contorcendo á minha volta, no
desenvolvimento que trespassa a trasladação do abismo túmido. Tranco. Tranco-os
entre as mandibulas erogenas e submissas dos leitos. Cabelos
sentados em migrações arborizam e
avassalam-se pelo louco sangue,
um vermelho incêndio talhado entre as
duas águas concorrentes, furiosas onde a animalidade me encharca entre os
fintos poema liricos derramando
derramados.
Sou,
então um lugar carregado. e um mar entremeia-me do escuro através dos seus dois
olhos brancos que entre as temperaturas fluxas das seivas. se Inclinam. Nada
pára pára nada tudo se rima e os astros
fornicantes se afastam porque o sal se faz raiar fundo.
Não
espero mais nada, somente a escrita a um
imaginar fiado. Não espero equinocio ou solstício mas sim o perfume de um vinho
que fermenta dentro de mim, vagaroso entre meus dois (di)amantes.
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