sexta-feira, 27 de julho de 2012

 
(...) o meu delírio arde, espelha-se o olhar, os séculos, degrau a degrau erguem-se e nele a escadaria húmida nus meus Múltiplos Astros…
o meu delírio é, alguém predatório que procuro no silêncio profundo de um foco transparente. Límpido, cheio de reflexos invasivos e viseiras que guinam o amargo, o meu delírio tinge e atinge em mim os montes e vales submersos nas carnes trémulas onde sustento a futura palavra em batimentos e adágios gigantes.
Plinio, terrível, o meu delírio ardente na loucura, nas águas esticadelas que em mim se evaporam e reaparecem no sangue que antecipa o corpo monstruoso, o espelho dextro, sonâmbulo.
A linguagem, minha, È delirante!...
Uma onda, imemoral que rebenta entre os meandros quentes, difundidos, secretos, subtis, tensos na translucida brutalidade do Astro em delírio__________ ele é a minha palavra, aquele onde me encontro profunda de lírio em lírio. Onde a fera cresce e aumenta, o delírio geométrico, ganítico! Um naufrágio(...)
 
 
Luisa Demétrio Raposo

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